Crise no transporte: aumento da tarifa, incêndio não esclarecido, aumento da diretoria e serviço ruim
A crise no setor de transporte público na cidade não se restringe apenas ao reajuste da tarifa. Os R$ 0,35 a mais que começaram a ser cobrados no domingo são a cereja do bolo. A crise é bem anterior, desde 2000, com o sistema deixando de ser, paulatinamente, cobrado por melhorias. O resultado, negativo, demora a aparecer, mas dá nisso que a gente tá vivendo. Hoje, a audiência na justiça local vai colocar as partes envolvidas frente a frente para cobrar soluções. A imediata é saber se o reajuste é válido, considerando uma planilha questionável e a aprovação por um conselho que pode não estar legalmente constituído. Mas, é como puxar o fio da meada: a audiência pode iniciar o desenrolar desta trama para a gente saber mais sobre temas como o incêndio, o aumento da diretoria, a prestação dos serviços…
Sorte do dia
Você não está indo a uma audiência especial na justiça para explicar o inexplicável: a planilha que baseou o reajuste da tarifa de ônibus e ainda aumentou em 500% o salário dos diretores das empresas.
Não são apenas os R$ 0,35 a mais
Falando na crise do transporte público, é como falamos ontem: o valor pesa, mas tá doendo é na moral do petropolitano. Muita gente nos escreveu e se manifestou nas redes sociais da Tribuna compartilhando este mesmo pensamento: o problema é a precariedade do serviço, a demissão em massa dos cobradores e a falta de segurança enquanto motoristas dirigem e precisam contar o troco ao mesmo tempo.
Contagem
E Petrópolis está há 86 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Pode piorar
A gente falou aqui ontem sobre a possibilidade de a Concer ‘ganhar’ mais 15 anos de concessão diante da ‘dívida’ que a União tem com a empresa no valor de R$ 1 bilhão. E sobre isso, pesa a nova pista de subida da serra, que nem pronta está. Mas, observem que a gente pode ficar sem subida e sem a descida. Isso porque a pista de descida tá o fim da picada também,
Desperdício?
A gente falou aqui esses dias sobre a prefeitura estar investindo mais R$ 12 milhões em asfaltamento das ruas sem qualquer cuidado com a drenagem das águas pluviais. É só asfalto e ponto. E ainda mandaram para a gente que teria gastos desnecessários como ruas que estavam até boas mais receberam mais pavimento como a Vila Manzini, no Carangola.
Herança
Vereadores se manifestaram sobre os contratos recentes de casarões alugados pela prefeitura como aquele na Rua da Imperatriz, custo de R$ 20 mil, para abrigar o Turismo. Mas, vamos ser justos: tem mais aluguéis no mesmo patamar herdados de gestões anteriores como o da Defesa Civil, casa que custa R$ 19.408,55 mensais e a sede da Guarda Civil que custa R$20.693,30 por mês.
Vem, Gutinho!
Tem um grupo que defende que o candidato a prefeito em Petrópolis em 2024 deve ser o atual gestor de Areal, Gutinho Bernardes. Tem dado um show na administração do município vizinho com projetos que vão desde a transformação da cidade em uma produtora de vinhos – a principal do Estado – até a captação de empresas com a instalação de um distrito industrial que acaba de ser feito em parceria com o estado. Se mudar o domicílio eleitoral pra cá até abril, dá.
Presença do estado
E quem diria que um governo alinhado com Bolsonaro, no caso a gestão Claudio Castro, é quem tá mandando bem com a população LGBTQIAP+ em Petrópolis? O Centro de Cidadania LGBT Serrana II Petrópolis atualmente atende 146 pessoas, em sua maioria pessoas trans em busca da retificação de nome e gênero, além de prestar atendimento em outras áreas, incluindo jurídica. A prefeitura mantém o Núcleo Especializado para Atendimento no Centro de Saúde Coletiva, mas o que bomba mesmo é o do Estado, que funciona no CRAS da Rua Dom Pedro. As ações com órgãos como CRAM, DIP, CAPS e postos de saúde são feitas pelo Centro de Cidadania do Estado.
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