21/12/2024 18:04
A crise do lixo tem sido um problema em diversas localidades de Petrópolis. Nessa sexta-feira (20), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou com um recurso para que a Justiça reforme a decisão da 4ª Vara Cível de Petrópolis, que deferiu parcialmente o pedido para que o município regularize com urgência a coleta na cidade.
Ainda nessa sexta, a Tribuna recebeu novos relatos sobre o acúmulo de lixo em diferentes pontos de Itaipava. “Ali tem muito lixo de pousada, está fedendo muito. Uma água preta descendo quando chove. A gente sai e quando chega em casa, não dá nem para entrar com o sapato, tem que limpar ele logo, porque dá até medo”, disse Fátima Vieira, moradora da Estrada da Divisa, no Santa Mônica.
Quem passa por outros pontos da região também se preocupa com a falta da coleta de lixo. “O lixo continua acumulado em Itaipava. A Comdep mente para todos quando declara que a situação da coleta de lixo está regularizada. Verdadeiro descaso!”, disse outro morador da região, que não quis se identificar.
Fotos: Reprodução
O problema preocupa ainda mais por conta do período chuvoso. No último dia 2, uma forte chuva que atingiu a cidade expôs ainda mais a crise do lixo. Na ocasião, moradores da Mosela flagraram os resíduos sendo levados pela enxurrada.
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MPRJ entra com recurso na Justiça
Nessa sexta-feira (20), O MPRJ entrou com um recurso para que a Justiça reforme a decisão da 4ª Vara Cível de Petrópolis, que deferiu apenas parcialmente o pedido para que o município regularize com urgência a coleta de lixo.
Na última quarta-feira (18), o juiz Rubens Soares Sá Viana Júnior, da 4ª Vara Cível de Petrópolis, considerou que a Comdep “demonstrou ter dado cumprimento ao comando judicial ao promover a retirada do excesso de lixo que se acumulava nas ruas”, após a companhia alegar ter atendido a liminar que determinou a solução do acúmulo dos resíduos em 72 horas.
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O pedido de recurso do MPRJ traz também um dado do Atlas do MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional) que afirma que Petrópolis é a cidade que mais mata no Brasil por desastre.
“Assim, uma ausência de serviço de coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos aumenta em muito os riscos, sendo uma medida estrutural importante e necessária. Da mesma maneira, o lixo não coletado de forma adequada também pode causar desastres por infiltração de detritos no solo, saturando sua capacidade de absorção e deflagrando movimentos de massa.”
O que diz a Prefeitura
Questionada sobre um posicionamento relacionado ao recurso do MPRJ e qual a previsão para a regularização da coleta de lixo na cidade, a Prefeitura não respondeu até a última atualização.