
O diretor-presidente da Comdep, Anderson Fragoso, reconheceu uma dívida de, ao menos, R$ 5,5 milhões com as empresas responsáveis pelos serviços de coleta de lixo e entulho da cidade. A informação foi trazida em reunião na Câmara Municipal nesta sexta-feira (06). Segundo Fragoso, uma força-tarefa está sendo realizada para normalizar o serviço, principalmente nas áreas mais afetadas.
A reunião foi convocada pelos vereadores Domingos Protetor (PP) e Mauro Peralta (PMN) e contou com a presença da vereadora Júlia Casamasso (PSOL) e representantes do prefeito eleito, Hingo Hammes (PP). Mesmo diante da crise, a Prefeitura chegou a enviar para a Câmara uma negativa da presença de Anderson Fragoso minutos antes de sua chegada, mas, ainda assim, o diretor-presidente esteve presente, acompanhado do secretário de Serviços, Segurança e Ordem Pública (SSOP), Elias Montes.
Na reunião, o diretor-presidente da Comdep voltou a atribuir a culpa da crise a uma nova metodologia adotada pela Força Ambiental. Contudo, confirmou que há uma dívida de cerca de R$ 1,4 milhão com a empresa. “A gente pretende fazer o pagamento até o dia 10”, prometeu.
O valor citado por Fragoso é o mesmo que a empresa encaminhou também em resposta à Câmara. Segundo os dados da Força Ambiental, uma das notas é de setembro. Com a inadimplência, o documento diz que foram necessários ajustes na operação, para reduzir custos.
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Fragoso também negou que o fechamento do transbordo do lixo, por dívida da AMI3, tenha sido o causador do problema. Também alegou que, mesmo com os problemas financeiros e a dificuldade de repasses da Prefeitura, a Comdep manteve o pagamento dos serviços essenciais e, inclusive, teria acertado parte da dívida com a Força Ambiental.
“Por isso causa estranheza a paralisação (do aterro). A Comdep, mesmo com poucos recursos que recebeu, direcionou para serviços essenciais”, informou.

Foto: Wellington Daniel/Tribuna de Petrópolis
Segundo Fragoso, o funcionamento do aterro, agora, está normalizado. O problema, agora, seria o grande acúmulo de resíduos. Com isso, uma força-tarefa estaria sendo feita e já teria avançado da Estrada Mineira a Pedro do Rio. Os custos estariam sendo cobertos pelo próprio contrato vigente, sem necessidade de aditivos, segundo o diretor-presidente.
Além da dívida com a Força Ambiental, Fragoso também informou um débito de R$ 2,1 milhões com a AMI3, que aluga caminhões e equipamentos para a coleta de lixo. Com uma empresa que atua no aterro de Pedro do Rio, a inadimplência seria de cerca de R$ 1,4 milhão. Já um posto de combustível, tem a receber da Comdep aproximadamente R$ 500 mil.
Procurada sobre as justificativas de uma possível ausência de Fragoso, a Prefeitura não respondeu até a última atualização.