Crise do lixo: bairros reclamam de coleta precária
Desde que a prefeitura assumiu a coleta, com caminhões alugados e garis da Comdep, os bairros têm sofrido com a deficiência do serviço. Pelo Centro Histórico e ruas mais, digamos, abastadas, não se vê acúmulo de lixo, mas nos locais mais afastados… A prefeitura ainda não acertou o ritmo da coleta apesar de a quantidade de caminhões a garis ser a mesma que era disponibilizada pelas empresas que foram dispensadas do serviço. A logística do trabalho é que pega. A regularidade da coleta é falha na Mosela, Cascatinha, Itamarati, Bingen, Itaipava e por aí vai. E em locais mais rurais, o povo tá se vendo obrigado a queimar o lixo.
No emergencial é mais caro
Falando em lixo, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Márcio Pacheco, deu novo despacho sobre a situação do serviço em Petrópolis e determinou auditoria nos contratos emergenciais – total de R$ 17 milhões – para aluguel de caminhões e máquinas. Uma das situações mais periclitantes é que a licitação que estava em curso foi suspensa por decisão judicial e uma das empresas deste certame foi escolhida para o contrato emergencial. Porém, o TCE estaria apurando que o preço para o emergencial é maior do que o valor apresentado na licitação. Mas, gente…
Mas, gente…
E deu-se a licitação estimada em R$ 10 milhões para asfaltamento das ruas. Quatro empresas concorreram e duas apresentaram o mesmo valor estimado como teto em R$ 10.009.597,48. Exatamente o mesmo, até os centavos. Já uma terceira empresa ofereceu R$ 9.893.793,95, o que foi verificado como o menor valor. E as pregoeiras da comissão de licitação abriram para lances. Funciona assim: pergunta-se às empresas se alguma quer baixar a proposta do menor lance. Eis que a quarta empresa participante ofereceu R$ 9.893.790.00. Sim, foi oferecido um valor R$ 3,95 menor. E a empresa venceu. A que estava no páreo, com R$ 3,95 a mais, nem quis dar mais lance. Desistiu por menos que uma passagem de ônibus. Tão inusitado que vamos deixar o link aqui.
ComCidade se reúne
E o Conselho Municipal da Cidade, se reúne hoje, às 18h15, na Casa dos Conselhos com uma pauta que vai desde as motos barulhentas passando pelos projetos de revitalização do Parque de Itaipava e do Cremerie, além do tal estudo da Coppe/UFRJ sobre mobilidade.
Ai, ai…
Dois outros nomes foram ventilados para concorrer a prefeito em 2024 sob a chancela de Bernardo Rossi: Baninho, seu eterno vice, e Ronaldo Medeiros, ex-secretário de Obras e hoje subsecretário de Governo na pasta comandada pelo ex-prefeito no governo do Estado. A gente aposta que é 99,99% de chance de serem dois balões de ensaio, um deles com sotaque alemão.
Contagem
E Petrópolis está há 91 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Deu ruim
Vereadores pensaram que seria fácil ver suas emendas impositivas colocadas em prática pela prefeitura. Mas que nada! Tá tudo emperrado. Depois de mudança na legislação cada vereador pode apresentar emendas ao orçamento do município de forma carimbada: com destino específico. Deu R$ 1 milhão para cada vereador apontar quais as obras e ações em que deveriam ser aplicados os recursos. Porém, se esbarrou na burocracia, licitações, contratações e o que os vereadores prometeram nas comunidades não têm conseguido cumprir. Ainda mais se for de oposição. Terão uma reunião com o secretário de Governo, Marcos São Thiago, para ver se desenrolam o caso. Du-vi-de-ó-dó!
Escola Irmã Dulce Bastos
O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto está inaugurando Escola Técnica Irmã Dulce Bastos, uma homenagem à amiga da instituição de ensino, pessoa importantíssima para o ensino técnico em Petrópolis. Irmã Dulce Bastos esteve à frente da Oficina de Ervas do Colégio Santa Catarina, uma pioneira em fitoterapia na cidade.
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