• Crise da Cedae gera impacto em Petrópolis: procura por água nos mercados já dobrou

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  • 23/01/2020 18:25

    A crise da água no Rio está gerando impacto também em Petrópolis. Apesar de a cidade não ser abastecida pela Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae), estabelecimentos comerciais da cidade viram a procura por água mineral dobrar. A explicação é que muita gente tem aproveitado passeios à cidade para abastecer o estoque, já que no Rio e em outros municípios abastcecidos pela companhia, o preço das garrafas disparou por conta da grande procura. 

     No Armazém do Grão, no Capela, o gerente comercial e marketing, Leonardo Carvalho, contou que a rede foi pega de surpresa com a procura. “Dentro do que se propõe, a rede vem buscando alternativas para atender a região. Devido a crise que está tendo no Rio, há clientes que não estão encontrando água em suas cidades ou estão sofrendo por conta do aumento nos preços., relatam que não encontram o produto, ou estão vendo o aumento dos preços. Estamos tentando atender a demanda. O valor para o consumidor final permanece o mesmo e não limitamos a quantidade por cliente”, disse. 

    O gerente acredita que além dos problemas de abastecimento na capital, as chuvas do início do ano aqui na cidade também acenderam o alerta dos consumidores. A procura aumentou principalmente após os alagamentos que ocorreram nos primeiros dias do ano. Consumidores que residem nas cidades afetadas pela água contaminada disseram que houve aumento no valor dos produtos. Segundo Leonardo, esse aumento foi sentido por eles na compra com o fornecedor. “Nós tivemos que mudar alguns fornecedores para que o preço final não fosse alterado para o consumidor”, disse.

    Sobre a crise da água no Rio

    Nesta quinta-feira, a Cedae começou a utilizar carvão ativado como parte para o tratamento da água. Em entrevista coletiva, nesta semana, o governador do estado Wilson Witzel disse que a aplicação do carvão ativado será permanente e que esta é uma medida em caráter emergencial para reduzir o cheiro e a turgidez da água e evitar que novos episódios deste tipo ocorram. 

    A previsão do governo do estado é que a médio e longo prazos sejam adotadas outras medidas. Como a transposição dos rios Poços, Ipiranga e Queimados, que deságuam na área de captação da ETA Guandu e trazem esgoto in natura, dificultando o tratamento da água. A previsão é que o projeto seja iniciado ainda neste semestre. Witzel também disse que até 2021 haverá investimentos na modernização da ETA Guandu, e disse que o governo está finalizando para construção de Guandu 2.

    Leia também: Defensoria do Rio deve formular acordo de ressarcimento por água turva

     

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