• Criptomoedas: bitcoin apaga perdas de mais cedo e sobe, mas atenção segue em guerra comercial

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  • 04/mar 17:15
    Por Isabella Pugliese Vellani / Estadão

    O bitcoin apagou as fortes perdas de mais cedo e chegou ao fim desta tarde em alta, com investidores digerindo os riscos de guerra comercial global, após a aplicação de tarifas dos Estados Unidos contra importações do Canadá, China e México e as retaliações dos respectivos países.

    Por volta das 17h, o bitcoin subia 2,71%, a US$ 88135,13, enquanto o Ethereum avançava 1,62%, a US$ 2168,99, de acordo com a Binance.

    Hoje, as tarifas de 25% do presidente americano, Donald Trump, contra produtos dos países vizinhos norte-americanos entrarem em vigor, bem como a sobretaxação adicional de 10% para a maior potência asiática. Poucas horas depois, Pequim impôs 15% na tarifa sobre alimentos e outros produtos agrícolas dos EUA, além de aumentar as restrições de exportação para empresas americanas, enquanto o Canadá anunciou tarifas sobre quase US$ 100 bilhões em importações. Segundo a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, a resposta do país latino será divulgada neste domingo.

    De acordo com o Rabobank, a queda do bitcoin aconteceu com os temores da guerra comercial sobre ativos de risco, como a moeda digital. “A notícia diminui o apetite ao risco e faz com que o bitcoin recue os ganhos do dia anterior depois que Trump anunciou planos para uma reserva estratégica de criptomoeda dos EUA”, escreve. A instituição menciona que o cenário levanta questões sobre se a administração do republicano buscará usar suas reservas para estabilizar os mercados de criptomoedas, impulsionando assim a aceitação e potencialmente diminuindo o poder do Federal Reserve (Fed) na gestão da liquidez financeira geral.

    Em análise, a Crypto Macro menciona que a atual estrutura econômica global é “politicamente insustentável”, e apenas medidas drásticas podem produzir mudanças de curto prazo. “Uma guerra comercial causará dor significativa no curto prazo, com consequências imprevisíveis”, escreve.

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