Crimes violentos crescem 21% no estado
O número de mortes por causas violentas cresceu em mais de 21% no Estado do Rio de Janeiro. Os dados são de um levantamento feito pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) de janeiro a outubro deste ano. Ao todo mais de 5 mil pessoas foram vítimas de latrocínios, homicídios dolosos ou lesão corporal seguida de morte em 2016, 879 óbitos a mais do que em 2015, quando foram 4,1 mil vítimas.
Em Petrópolis, um caso que chamou a atenção foi a morte de um jovem baleado na cabeça no Roseiral, que aconteceu nessa semana. Na ocasião um jovem de 16 anos foi preso com grande quantidade de drogas, e por suspeita de ter atirado na vítima. No entanto, para a Polícia ele disse que o tiro foi acidental.
Apesar do crime que chocou o bairro, o cenário de delitos com letalidade violenta em Petrópolis é bem diferente do panorama feito pelo ISP. Na Cidade Imperial, considerando as duas unidades de Polícia Civil (105ª DP do Retiro e 106ª DP de Bonsucesso), apenas uma pessoa foi vítima de homicídio doloso no mês de outubro deste ano, enquanto no ano passado foram duas. Se comparado com setembro, o número caiu significativamente, de 3 para apenas um. “Apesar dessa violência que temos visto, quando olhamos pra outras cidades vemos que temos muito mais crimes em lugares às vezes até menores. O que não podemos fazer é deixar Petrópolis se tornar violenta assim. Por isso que a Polícia conta com o apoio da população nas denúncias e também trabalha muito, mesmo com o baixo efetivo, para que isso não aconteça”, explicou o comandante do 26 BPM, Eduardo Vaz Castelano.
Quando se diz respeito a crimes sem vítimas fatais, os números cresceram. Em outubro foram nove registros de ameaça a mais do que no mesmo período do ano passado. O número de lesão corporal também cresceu de 119 para 128. Mas os dados não são alarmantes. “Tivemos um leve aumento, mas ainda está dentro da média. É claro que o ideal é não ter nenhum crime, mas sabemos que isso ainda é uma utopia. Um dia chegaremos lá. Porém, esses crimes violentos não são característicos de Petrópolis. O que temos visto é: subiram os números de delitos em todo o Estado do Rio, e aqui os homicídios caíram”, explicou Castelano, relembrando que o crime mais comum na Cidade Imperial é o roubo a pedestre. "O 7º Comando de Policiamento de Área, que abrange Petrópolis, Três Rios, Teresópolis e região, tem os menores números de crimes, tanto é que tem uma infinidade de policiais querendo trabalhar aqui. Isso é bem positivo pra gente", concluiu.