
O Crazy Park fechou acordo com duas jovens que ficaram feridas no acidente com o brinquedo “Expresso do Amor”, ocorrido em 03 de maio. Os termos foram assinados nos dias 08 e 09, e agora aguardam homologação judicial. A empresa já efetuou os pagamentos: R$ 23 mil para uma das vítimas e R$ 40 mil para a outra.
A tragédia no início do mês também causou a morte de João Victor Souza Trindade da Silva, de 19 anos. O parque de diversões estava instalado no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, em Itaipava, no momento do acidente.
A reportagem teve acesso aos acordos firmados entre as vítimas e o Crazy Park. Ambas foram atendidas na UPA de Itaipava na madrugada do acidente e liberadas após o atendimento. O documento prevê uma composição “amigável e definitiva” entre as partes, com indenização por danos morais.
Com o pagamento dos valores, as jovens abrem mão de qualquer reivindicação nas esferas cível, penal e administrativa. No caso de uma das jovens, a Justiça marcou audiência para o mês de agosto, no fórum de Miguel Pereira.
À Tribuna, a equipe jurídica do Crazy Park informou que tenta também um acordo com a família de João Victor e tenta chegar a uma proposta com a advogada da família.
“Gostaria bastante de poder atenuar essa situação triste da família. Esperamos que venha uma proposta dentro das possibilidades da empresa e que possamos cumprir”, informou o advogado Giuliano Vettori.
A advogada da família não retornou o contato da reportagem até a última atualização.
Prefeitura altera contrato
Na última semana, a Prefeitura de Petrópolis publicou uma correção no extrato do termo de autorização do uso do Parque de Itaipava pelo Crazy Park. Segundo o município, a publicação anterior teria saído incompleta.
O valor de R$ 5 mil pago pelo Crazy Park para a utilização do Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes foi alvo de questionamentos, inclusive de vereadores da oposição. Nesta nova publicação, a Prefeitura acrescenta que a empresa também deveria fornecer cinco mil ingressos para crianças carentes do município, durante o período de autorização, “conforme previsto na proposta da empresa, parte integrante do edital”.
Essa nova informação, no entanto, não consta claramente no contrato disponibilizado no Portal da Transparência. No primeiro parágrafo do documento, diz que a proposta realizada e os projetos aprovados compõem o contrato. Com isso, a Prefeitura diz que está prevista a distribuição dos ingressos, uma vez que foi parte da proposta.
Assim, o município informou que, com o valor cobrado sobre os ingressos, de R$ 15, o valor total seria de R$ 80 mil, sendo R$ 75 mil da distribuição e R$ 5 mil do pagamento, como visto anteriormente.
A Prefeitura ainda informou que os cinco mil ingressos seriam disponibilizados para entidades que cuidam de crianças em vulnerabilidade social e estudantes da rede municipal de ensino. Um grupo das casas de acolhimento chegou a ir ao parque no dia 1º de maio. Os demais seriam disponibilizados ao longo dos três meses de permanência do Crazy Park na cidade.
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