• CPTrans e Turp debatem ‘novos transbordos’ no Quarteirão Brasileiro e em Araras

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  • 10/out 08:32
    Por Wellington Daniel | Foto: Arquivo/Tribuna de Petrópolis

    A Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) e a Turp estão discutindo novas troncalizações no Quarteirão Brasileiro e em Araras. A informação consta em um relatório sobre a operação da empresa entregue à Justiça nessa quinta-feira (09). O tema agora está sendo levado aos moradores e deve ser debatido no Conselho Municipal de Trânsito e Transportes (Comutran) na próxima segunda-feira (13).

    Na prática, o sistema funcionará de forma semelhante ao que já ocorre nos terminais do Bingen, Corrêas, Itaipava e Itamarati. No entanto, ainda não há previsão de construção de estruturas específicas. Os passageiros deverão usar as linhas dos bairros até o corredor principal e, de lá, embarcar em outro coletivo utilizando o cartão Riocard, com direito à integração tarifária.

    Em nota à Tribuna, a CPTrans informou que a proposta faz parte do Plano de Contingência do Transporte. Segundo a companhia, o processo ainda está em fase inicial, “com foco na escuta ativa da população e na realização de debates públicos”.

    Leia também: Plano de Contingência prevê licitações para o transporte público no primeiro semestre de 2026

    Na última reunião entre a CPTrans e o Setranspetro sobre o tema, também foram destacadas a necessidade de distribuição do cartão Riocard para a execução do projeto e as melhorias na instalação de abrigos. Foi ressaltada ainda a importância da comunicação prévia e de explicações sobre a matriz de integração.

    Relatório aponta melhora

    As informações sobre a troncalização constam do relatório quinzenal de operação da Turp entregue à Justiça, medida adotada para garantir melhorias no serviço. Ao fim de 60 dias, se atender aos requisitos, a viação poderá equiparar a tarifa ao valor de R$ 5,90, o mesmo cobrado pelas empresas Cidade Real e Cidade das Hortênsias.

    Segundo a CPTrans, entre os dias 16 e 30 de setembro, a Turp cumpriu uma das cinco metas estabelecidas. No período anterior, nenhuma havia sido atendida integralmente. O item alcançado foi a redução das falhas mecânicas, que caiu de uma média diária de três para apenas uma.

    A meta de reforço em linhas críticas foi parcialmente cumprida. No relatório anterior, as linhas 600, 619, 701, 706 e 750 apresentaram intermitência ou ausência de operação durante todo o período analisado. Desta vez, escalas extras em linhas como 603, 611, 613, 615, 637, 700 e 711 operaram de forma regular.

    A CPTrans destaca “sinais claros de avanço”, com regularização das linhas 603 (Águas Lindas), 613 (Bairro da Glória), 615 (Terminal Corrêas × Carangola), 637 (Atílio Marotti) e 711 (Posse). Já as linhas 611 (Bonfim), 706 (Gentio) e 619 (Castelo São Manoel) se aproximam da estabilidade.

    Por outro lado, as linhas 600 (Terminal Corrêas), 701 (Pedro do Rio) e 750 (Expresso) permaneceram sem evolução, continuando inoperantes. A linha 700 (Terminal Itaipava), classificada como parcialmente regularizada, teve desempenho pior em relação à medição anterior, voltando a um padrão de operação intermitente.

    Metas não cumpridas

    Entre as metas ainda não cumpridas, a CPTrans informou que nenhuma das linhas inoperantes foi retomada. A Turp, no entanto, promete que a partir de segunda-feira (13) voltará a operar as linhas 657 – Rio de Janeiro via Alto da Serra, e 658 – Espírito Santo via Alto da Serra.

    Também não houve regularização da frota, que segue com 116 veículos por dia útil. Além disso, a Turp precisa reduzir o número de autuações por viagens suprimidas — atualmente, a média é de 11 autos de infração por dia por deixar de cumprir viagens programadas.

    A reportagem procurou a Turp sobre as pendências, mas não obteve resposta até a última atualização.

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