• CPTrans acumula escândalos e é alvo de críticas por ineficiência

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  • 23/10/2023 08:30
    Por Helen Salgado

    Desde 2022, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) acumula uma série de escândalos. Desta vez, o órgão é acusado de manter um funcionário fantasma com um salário base de R$ 7 mil.

    De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), no dia 18 de setembro de 2023, a Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Petrópolis requisitou a instauração de inquérito policial à 105ª Delegacia de Polícia para apuração do fato.

    Este é apenas mais um caso em que funcionários da companhia estão envolvidos em investigações da justiça.

    Troca de presidentes

    Desde 2021, quando Rubens Bomtempo assumiu a Prefeitura de Petrópolis, a CPTrans já foi presidida por três pessoas. O primeiro, Jamil Sabrá, está sendo investigado desde agosto do ano passado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

    De acordo com a denúncia do MPRJ, entre dezembro de 2021 e agosto de 2022, Jamil Sabrá, Bernardo Sabrá, Ralph Costa Silva dos Santos e Jean Pierre Wilfried Rochebois, “promoveram, constituíram e integraram pessoalmente e por interpostas pessoas”, organização criminosa, visando obter vantagem econômica e política, praticando diversos crimes contra a administração pública, como concussão, corrupção ativa, peculato desvio, contratação direta ilegal e fraude do caráter competitivo do processo licitatório.

    Leia também: Justiça aceita denúncias contra Jamil Sabrá e mais cinco pessoas por crimes cometidos na administração da CPTrans

    Logo após, Fernando Badia assumiu o cargo, mas pediu exoneração meses depois, ao ter seu nome citado em denúncia sobre suposto esquema de rachadinhas na UERJ.

    Saiba mais: Ex-presidente da CPTrans deixa o cargo após ser citado em denúncia sobre suposto esquema de “rachadinhas” na Uerj

    A companhia, então, no mês de maio deste ano, teve Thiago Damaceno assumindo de forma interina o comando da CPTrans, cargo no qual está até hoje.

    Ineficiência também é marca da Companhia no período

    Petrópolis não conta com reboque para remoção de veículos que estejam estacionados em locais proibidos há sete meses. A licitação segue sem data para ocorrer pela CPTrans.

    De acordo com a companhia, apesar de não ter data, o processo de licitação está em andamento. Enquanto isso, contratações pontuais de reboques são feitas, quando há necessidade, em parceria com a Polícia Militar.

    Leia também: CPTrans segue sem reboque para remoção de veículos; situação se arrasta há sete meses

    Estacionamento irregular

    Consequência da falta de punições severas, o estacionamento irregular permanece sendo epidemia no município e atrapalha não só a circulação dos veículos de passeio, mas também o transporte público da cidade.

    Frequentemente, o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) publica em suas redes sociais sobre veículos estacionados em pontos de ônibus, atrapalhando o embarque e desembarque de passageiros.

    Em material publicado pela Tribuna no fim de agosto, a Turp Transporte havia informado que de janeiro a julho havia registrado 92 viagens perdidas por estacionamento irregular, enquanto a Cidade Real, no mesmo período, enviou 78 ofícios à CPTrans pelo mesmo motivo.

    Leia também: Estacionamento irregular impacta diretamente no funcionamento do transporte público em Petrópolis

    Procurada, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transporte (CPTrans) esclareceu que não existem funcionários fantasmas na companhia. Todos os esclarecimentos serão prestados à justiça quando a CPTrans for formalmente notificada.

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