• Covid-19: cuidados com higienização valem também para os pets

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  • 18/04/2020 10:30

    Neste período de isolamento é necessário o cuidado também com os animais de estimação. A Organização Mundial de Saúde (OMS) esclarece que o coronavírus (Covid-19) não afeta, e nem é transmitido pelos animais, ou seja, não é uma zoonose. Mas, ainda assim, as medidas se prevenção e higienização valem também para os pets.  

    O novo coronavírus ou Covid-19 faz parte de uma família de vírus que provoca infecções respiratórias em humanos. Nos pets, há outro tipo da família do coronavírus que afeta apenas os animais, o alpha vírus, causando inflamações intestinais e nos felinos, a perigosa Peritonite Infecciosa Felina (PIF). Para o alpha coronavírus em cães, há vacinas preventivas. Mas estas vacinas não devem ser usadas em humanos, já que não previnem contra o Covid-19.

    Segundo a médica veterinária Priscila Mesiano, da Clínica Amigo Bicho, a recomendação é que ao se levar os animais a um atendimento neste período sejam observados todos os padrões dos órgãos competentes no combate ao Covid-19. “Este é um período que a maioria das clínicas está atendendo apenas urgência e emergência, muitas 24 horas por dia, como é o nosso caso, já que os animais não deixam de ficar doentes devido à pandemia. Entretanto, este não é o momento de levar o animal para uma consulta de check-up, consultas pediátricas, atualização de vacinas ou corte de unhas. O momento é de ficar em casa. Todo mundo resguardado”, alerta Priscila.

    Se houver necessidade de levar o animal em uma emergência, é preciso evitar aglomerações, respeitando o distanciamento de um metro, a um metro e meio entre uma pessoa e outra. Muitas clínicas também estão disponibilizando agendamentos. Se for possível aguardar dentro do carro, no estacionamento ou na varanda para desviar de um possível trânsito de pessoas na sala de espera. Evite também colocar a mão em balcões, maçanetas e corrimãos. A qualquer contato, lavar as mãos ou fazer uso de álcool em gel. Ir apenas um acompanhante com o animal. Não levar crianças e idosos ao atendimento. Caso seja necessária a internação, evitar visitas ou ir apenas uma pessoa.

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    A veterinária orienta que o ideal é evitar levar o animal para passear para não expor o tutor ao vírus. Opte por fazer as brincadeiras em casa mesmo, como pegar bolinha e outras atividades para gastar a energia do bichinho. “No caso de ser imprescindível para os animais que não urinam ou evacuam no quintal, um passeio mais curto do que o habitual, em áreas abertas é uma opção. Mas com o mínimo de pessoas possível. E ao retornar a casa, fazer higienização das patinhas”, esclarece.

    Após o passeio na rua com o animalzinho, fazer higienização das patinhas com sabonete comum ou shampoo, que ele esteja habituado, misturado a água em uma bacia ou pote. “Imediatamente ao entrar em casa, deixe a patinha um pouco de molho, faça uma lavagem com leve fricção nas almofadinhas e em toda patinha. Em seguida, seque com toalha ou papel toalha. Ao fim da higienização, lave as mãos com sabonete ou passe álcool gel. Também se possível faça o uso de luvas para o procedimento”, acrescenta.

    A médica veterinária Beatriz Pellegrini explica que o cuidado com a saúde e higiene dentro de casa é fundamental, porém o excesso de produtos degermantes, ou seja, aqueles que combatem os microorganismos de maneira geral – como álcool gel, água sanitária e lysoform ou desengordurantes, como detergentes de cozinha – em contato com a pele ou patas dos animais, pode causar diversos problemas, além de alergias se fizer o uso contínuo.

     

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