Correr e comer chocolate

Depois de uma boa corrida ou competição dá aquela vontade de comer chocolate. Ele rico em triptofano, precursor da serotonina, conhecida como o hormônio da felicidade. É um neurotransmissor que atua no ritmo cardíaco, no sono, no apetite, no humor, na memória e na temperatura do corpo. Que coisa boa! Mas alto lá! Não é qualquer chocolate.

Os melhores benefícios estão no chocolate com mais de 80% de cacau, menos adição de açúcar e leite.

Um pouco de história do cacau

Os povos Astecas e Maias chamavam a árvore do cacau, Theobroma – Theo (Deus) Broma (árvore). “Árvore dos Deuses”. Era consumido em forma de bebida adicionada com pimenta e não era qualquer um que tinha acesso. Só a casta da sociedade. Em 1825, o cacau passou à forma de barra que conhecemos hoje. Como o cacau é amargo a indústria teve a “suposta brilhante” ideia de adicionar açúcar e leite.

O cacau é um poderoso antioxidante contendo polifenóis e flavonóides que são os chamados Compostos BioAtivos (CBAs). Lannes (2009); Barreiros et al, (2016). Contém ainda outros CBAs como Potássio, Fósforo, Zinco, Cobre e Magnésio. Dallabrida (2018). Em tese, o chocolate AMARGO contém 80% de CBAs e o ao leite somente 20%. D’el-rei; Medeiro (2011).

Discussões à parte, o leite contém a proteína caseína, que está relacionada com a inflamação do intestino, desequilibrando a microbiota intestinal (disbiose). O fato é que o chocolate mais amargo é um bom alimento e os CBAs atuam nas funções cardíacas, intestinais e cerebrais no sistema nervoso central, aumentando a expressão de uma proteína chamada fator neurotrófico, derivado do cérebro (BDNF).

Já conversamos sobre BNDF, que o exercício físico também estimula. Combinação boa essa, hein?! Correr e comer chocolate amargo com mais de 80% de cacau, zero açúcar e menos leite. Alimento dos Deuses.

Literatura Sugerida: SANTOS, Ítalo Araújo Ribeiro dos; GARCIA, Pedro Dutra. O consumo do chocolate e seus benefícios a saúde: uma revisão de literatura.