• Correios rejeitam proposta do TST e greve continua

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  • 29/08/2020 09:25

    Após os Correios terem rejeitado a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST), os sindicatos que representam a categoria dos trabalhadores decidiram pela manutenção da greve. A paralisação começou no dia 17 e afeta todas as unidades dos Correios de todo o país. Na próxima semana, está prevista uma assembleia para definir os rumos da greve.

    A reunião de conciliação no TST aconteceu nessa quinta-feira (27), quando o tribunal apresentou a proposta de estender por mais um ano o Acordo Coletivo (ACT) firmado em 2019, mantendo os atuais benefícios dos funcionários, mas sem que seja concedido o reajuste de 5% até o término da pandemia de Covid-19. Sem acordo entre as partes, haverá agora outra audiência para formulação da proposta do TST e julgamento final.

    A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT) emitiu comunicado convocando toda a categoria para se manter mobilizada e continuar com o movimento de greve.

    Por meio de nota, os Correios enfatizaram que o fim da paralisação é essencial para empreendedores e para a população. De acordo com a instituição, desde o início da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021, os Correios têm sido transparentes sobre a sua situação econômico-financeira, agravada pela crise mundial causada pela pandemia de Covid-19. Conforme já amplamente divulgado, a empresa não tem mais como suportar as altas despesas, o que significa, dentre outras ações que já estão em andamento, discutir benefícios que foram concedidos em outros momentos e que não condizem com a realidade atual de mercado, assegurando todos os direitos dos empregados previstos na legislação.

    Segundo a nota, a paralisação parcial em curso somente agrava esta situação. “A intransigência das entidades representativas, que tornaram a greve uma prática quase anual, está prejudicando não só o funcionamento da empresa, mas, essencialmente, a população brasileira. Isso porque se trata, também, de uma questão de saúde pública: famílias podem ser impactadas com a espera de remédios e produtos de saúde, enquanto aguardam o desenrolar da paralisação. Os Correios transportam, ainda, materiais biológicos – como amostras de sangue, por exemplo – para detecção de doenças e análises clínicas para secretarias de saúde e laboratórios em todo o país”, informou.

    Sobre esta categoria de objetos, ainda segundo os Correios, destacam-se o envio mensal de leite em pó (cerca de 300 mil latas), medicamentos (mais de 100 mil itens), 7 mil testes do pezinho, entre outros tipos de materiais que somam mais de 425 mil objetos desta natureza por mês, contabilizados somente os clientes com contrato, fora as postagens que ocorrem diretamente nas agências.

    Os Correios também ressaltam que empreendedores estão sofrendo impactos nos seus negócios, tendo em vista que dependem dos serviços da empresa para conseguirem se manter com a pandemia. A economia brasileira está sendo afetada como um todo.

    “Diante dessa situação, amplamente exposta nos últimos meses, a empresa aguarda o julgamento do Dissídio de Greve pelo Tribunal Superior do Trabalho para por fim ao impasse. Vale ressaltar que os Correios têm preservado empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT, bem como outros benefícios do seu efetivo. A empresa confia no compromisso e responsabilidade de seus empregados com a sociedade e com o país, promovendo o retorno ao trabalho das pessoas que ainda se encontram em greve, já que a questão encontra-se em juízo e será resolvida pelo TST”, finalizou.

    *Atualizado às 13h

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