• Correios atrasam entrega de correspondências

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  • 18/05/2017 10:05

    Moradores de diferentes pontos de Petrópolis reclamam da demora para receber em casa as correspondências enviadas pelos Correios. Em alguns bairros, entregas que eram feitas quase todos os dias agora acontecem no máximo duas vezes por semana. E ainda tem localidade que não recebe correspondências, o que obriga os moradores a ir até a agência buscá-las.

    Tem quase seis meses que não chega nenhuma correspondência em dia aqui em casa. Pra mim é mais fácil tirar pela internet. O problema é que muitos lugares não aceitam o código de barras para pagar. Com encomendas é a mesma coisa. Elas ficam retidas. Uma tive que buscar na segunda-feira, lá na Mosela, e a outra estava retida numa carga e ainda não chegou. Sendo que o prazo era hoje”, explicou Felipe Zimbrão, que mora na Posse.

    Rafânia Franco, de 32 anos, que trabalha como recepcionista numa pousada na Estrada da Jurity, no Brejal, precisa ir até uma agência que fica a mais de dez quilômetros de sua casa para buscar as correspondências. “É um transtorno pra gente né. Porque enquanto muitos recebem tudo em casa, nós precisamos ir até lá buscar. Em pleno século 21 uma coisa dessas pode espantar muita gente. Mas aqui é normal” explicou.

    Também na Posse, Samuel Ramalho, de 28 anos, já pagou duas vezes atrasado o boleto da faculdade. Ele, que estuda administração à distância, perdeu mais de R$ 50 por conta dos atrasos. “Não é sempre que conseguimos a segunda via por e-mail”, explicou. Agora, para evitar prejuízos futuros, ele prefere ir pessoalmente ao campus, efetuar o pagamento. “Sempre que vou ao Centro aproveito para passar lá, e pagar a mensalidade. Às vezes tenho até que pagar adiantado, porque se deixar passar sei que não vou receber o boleto em casa.

    Danúbia Mayara, que mora na União e Indústria, disse que as correspondências quase nunca chegam em sua casa. “Quase nunca chega, e quando chega, chega a do mês anterior.E se atrasar ainda pago multa. É difícil porque sempre tenho que ir nas lojas buscar a segunda via”, completou.

    Não é só na Posse que os moradores estão recebendo as cobranças atrasadas. E parece que o problema não é exclusivo das financeiras. Tatiane Martins, estudante de direito, mora numa das principais ruas de Itaipava. Ela recebe em média quatro duplicatas de diferentes bancos por mês. Todas elas atrasadas. “É um problema sério. Não tem um mês que chega na data certa. E quando chega é justamente no dia do vencimento.”, disse. 

    A Tribuna questionou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que atualmente tem três centros de distribuição na cidade, no Centro, Corrêas e em Itaipava. No entanto, até o fechamento dessa reportagem não obtivemos resposta.  

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