Correção: Bolsonaro diz que não tem controle sobre preços dos combustíveis
A nota publicada anteriormente continha uma incorreção no 5º parágrafo. A inflação fechou 2021 em 10,06%, e não em 10,67%, como constou. Segue a versão corrigida:
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (12) que não tem controle sobre a política de preços da Petrobras. Na terça-feira, a estatal anunciou o primeiro reajuste dos combustíveis em 77 dias. A partir de hoje, a gasolina fica R$ 0,15 mais cara e o diesel, R$ 0,27. “O combustível encareceu no mundo todo”, afirmou o chefe do Executivo, em entrevista à Gazeta Brasil, um site que o apoia, ao ser questionado se o aumento do preço da gasolina poderia “cair como uma bomba” em ano eleitoral.
Durante seu governo, Bolsonaro coleciona uma série de atritos com a Petrobras. Em dezembro de 2021, a empresa precisou informar que não antecipa decisões de reajuste após o presidente dizer que a estatal anunciaria uma redução nos preços dos combustíveis ainda naquele mês.
Em novembro do ano passado, a Petrobras também se pronunciou após Bolsonaro afirmar que havia entrado em contato com a equipe econômica para privatizar a estatal. Em nota, a empresa informou que havia consultado o Ministério da Economia sobre a existência de estudos sobre sua privatização, mas que a resposta foi negativa.
No começo de 2021, Bolsonaro demitiu o então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que foi substituído pelo general Joaquim Silva e Luna.
Inflação
Na entrevista de hoje, o presidente também tentou justificar a inflação de 2021, que fechou o ano em 10,06%, bem acima do teto da meta, de 5,25%. Bolsonaro ressaltou que em 2015, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também ficou acima de 10%. O chefe do Executivo também voltou a dizer que a inflação é resultado da pandemia de covid-19 e da “política do fique em casa”, em referência às medidas de isolamento social para tentar controlar a disseminação do coronavírus.