Corpo de Bombeiros tinha duas viaturas quebradas no dia do incêndio em imóvel na Rua do Imperador

Nesta sexta-feira (21), o incêndio que atingiu um imóvel histórico no Centro de Petrópolis e destruiu o prédio e lojas completa uma semana. Com um combate às chamas que durou cerca de cinco horas, contando com grande esforço do Corpo de Bombeiros, os militares enfrentaram problemas relacionados a duas viaturas quebradas.

O primeiro e mais notável foi a falta do caminhão que possui a Escada Magirus e possibilitaria um combate às chamas de forma aérea com mais eficiência. O AEM (Auto Escada Mecânica) do 15º GBM estava quebrado, sendo necessário que um caminhão de outro grupamento fosse acionado no dia, o que gerou atraso, já que o veículo chegou ao incêndio cerca de três horas após o início.

Além disso, o primeiro caminhão que chegou também apresentou problemas, sendo necessário acionar um outro veículo do quartel de Itaipava (2/15 DBM). A viatura se trata de um ABT (Auto Bomba Tanque) e é a principal neste tipo de ocorrência, por possuir uma bomba de água, que foi justamente o equipamento que apresentou defeito.

No último mês, o Governo do Estado anunciou a compra de 40 caminhões do tipo para a corporação, importados da Espanha. Do total, 10 deles já chegaram, mas nenhum foi enviado a Petrópolis, cidade com diversos registros anuais de incêndio, principalmente na área de mata.

Em nota, o Cbmerj respondeu que cerca de 60 militares de sete quartéis foram empenhados na ocorrência da última semana, com o apoio de 13 viaturas, incluindo a Auto Escada Mecânica (Magirus).

Vistoria deveria ter sido realizada no prédio

O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) afirmou que havia alertado ao Corpo de Bombeiros sobre a necessidade de vistoria no imóvel e em outros prédios no entorno. No entanto, a corporação não informou se o serviço foi realizado. Os imóveis atingidos foram tombados em 1998.

Relembre o ocorrido

Na manhã da última sexta-feira (14), um imóvel localizado na Rua do Imperador pegou fogo após a explosão de um botijão de gás em uma loja. As chamas se alastraram, atingindo outras lojas, o prédio ao lado e uma área de mata. O combate ao fogo durou cerca de cinco horas, sendo necessária a atuação de bombeiros de grupamentos de outros municípios. Algumas lojas, como uma sapataria que ficava no primeiro andar, foram totalmente destruídas. No mesmo dia, após o fogo ser apagado, a fachada do imóvel tombou. Ninguém ficou ferido na ocorrência e cinco estabelecimentos foram interditados.