Coreia do Norte entra em alerta após confirmar primeiros casos de covid-19
A Coreia do Norte afirma ter detectado um surto de uma subvariante da variante altamente transmissível Ômicron do coronavírus, conhecida como BA.2, informou a mídia estatal KCNA nesta quinta-feira (12) (horário local, noite de quarta-feira (11), no Brasil), no que seria a primeira confirmação oficial de casos de covid-19 no país desde o início da pandemia.
As autoridades concluíram que as amostras coletadas de pacientes com febre no domingo em Pyongyang indicavam infecções por Ômicron, de acordo com a KCNA. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, colocou o país em alerta, aumentando as medidas preventivas contra a covid-19 para níveis máximos.
Ainda de acordo com a KCNA, Kim convocou uma reunião do Politburo do Partido dos Trabalhadores para gerenciar a crise. Durante a reunião, o líder norte-coreano pediu que as autoridades estabilizem as transmissões e eliminem a fonte de infecção o mais rápido possível. A Coreia do Norte afirmava ter mantido a covid-19 fora de seu território.
Kim disse que as autoridades também devem formular medidas para aliviar quaisquer inconvenientes públicos e outras situações negativas que possam surgir como resultado das medidas contra a pandemia reforçadas. Segundo o líder, “a unidade pública obstinada é a garantia mais poderosa que pode vencer nesta luta antipandemia”, de acordo com a agência oficial.
Para tentar evitar que o vírus entrasse em seu território, a Coreia do Norte fechou sua fronteira para quase todo comércio e visitantes por dois anos, o que prejudicou ainda mais uma economia já danificada por décadas de má administração e sanções paralisantes lideradas pelos EUA sobre seu programa de armas nucleares e mísseis.
Em janeiro, a Coreia do Norte reabriu provisoriamente o tráfego ferroviário de mercadorias entre sua cidade fronteiriça de Sinuiju e Dandong, na China, mas Pequim anunciou a interrupção do comércio no mês passado, pois lida com a disseminação da covid-19 em Dandong.
Até agora, a Coreia do Norte evitou as vacinas oferecidas pelo programa de distribuição Covax, apoiado pela ONU.
(Com agências internacionais).