COP-26: secretário da Economia diz que País ‘é verde’, mas não comunica isso bem
O secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, disse nesta quinta-feira que cabe a todos no Brasil fazer uma defesa melhor do papel do País nas questões relacionadas ao meio ambiente. “Éramos ESG antes de inventarem o ESG, mas não conseguimos comunicar isso bem. Vamos melhorar isso”, prometeu em Glasgow, na Escócia, onde participa da Convenção do Clima (COP-26). Ele fez a afirmação durante o painel “ESG no Brasil”, realizado no Pavilhão Brasil, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente. ESG é a sigla em inglês para padrões ambientais, sociais e de governança.
Uma ideia a ser explorada, conforme o secretário, é a de se fazer um roadshow permanente sobre o tema no exterior. “Nos pintaram de uma coisa que não somos…. Mas somos verdes”, garantiu. A coordenação de ações sustentáveis no Brasil, principalmente em relação ao desmatamento da floresta Amazônica, é muito criticada e acompanhada por observadores internacionais.
Andrade deu como exemplo positivo sobre o tema um levantamento do Ministério da Economia, que revela investimentos de cerca de R$ 400 bilhões em projetos verdes atualmente no País, mas ele não detalhou como obteve os dados. “Faço um alerta: ESG não é mais uma questão a ser pensada, é um risco binário. Ou faço ou não faço”, disse.
Ambiente de negócios
Durante as discussões, Andrade aproveitou para mostrar dados de sua Secretaria e afirmou que o ambiente de negócios tem melhorado no País. “Estamos buscando convergências com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e com padrões que o mundo considera como melhores práticas para atrair investimentos”, disse. Ele afirmou ainda que trabalha para que se possa abrir uma empresa no Brasil em até 6 horas. Atualmente, esse tempo é de até cinco dias.