• Contemporâneos no Atlético, Cuca e Marcos Rocha protagonizam nova cena marcante

  • 31/01/2021 08:15
    Por Leandro Silveira / Estadão

    A relação entre Cuca e Marcos Rocha ganhou mais um capítulo na decisão da Copa Libertadores. Contemporâneos no Atlético Mineiro, tendo trabalhado juntos em 2012 e 2013, eles protagonizaram um dos lances mais marcantes na final entre Palmeiras e Santos. Já nos acréscimos do segundo tempo, o treinador segurou a bola, impedindo o lateral-direito de cobrar um arremesso lateral. E acabou sendo expulso.

    O lance iniciou uma confusão entre as equipes no Maracanã, com Marcos Rocha sendo advertido com o cartão amarelo. Na retomada do jogo, já com Cuca fora do banco e acompanhando o duelo das arquibancadas, o Palmeiras marcou o gol do título, em um cabeceio de Breno Lopes, o que definiu o placar de 1 a 0.

    “Isso desestabilizou o time. Naquele momento, ele (Cuca) fez falta. Estávamos discutindo o lance e quase não vimos o gol”, afirmou Cuquinha, auxiliar técnico do Santos, avaliando que a confusão e a perda do treinador atrapalharam o time. “O sentimento do Cuca é de tristeza. Ele não fez nada, em outras ocasiões foi expulso merecidamente. Agora está triste porque não fez nada. Vimos as imagens e fica provado”, acrescentou.

    Em 2013, um desentendimento entre Cuca e Marcos Rocha foi um dos momentos marcantes da saída do treinador do Atlético-MG. No Marrocos, no Mundial de Clubes, Marcos Rocha foi substituído por Cuca quando o time perdia por 1 a 0 para o Raja Casablanca, nas semifinais – o time da casa venceu por 3 a 1.

    Irritado e insatisfeito com a troca, Marcos Rocha não economizou nos palavrões proferidos contra o treinador. Dias antes, havia surgido a informação de que o treinador poderia estar de saída do Atlético-MG, por causa de uma oferta do Shandong Luneng. Na sequência do revés, o fim da sua passagem pelo time foi confirmada pelo então presidente do clube, Alexandre Kalil, com o treinador indo para a China.

    Marcos Rocha, porém, foi um dos jogadores de confiança de Cuca na sua passagem pelo Atlético-MG. O lateral atuou emprestado ao América-MG em 2011, mas retornou ao clube em 2012. E, depois de muitos momentos de irregularidade em temporadas anteriores e passagens por outros times, se firmou.

    Se tornou titular absoluto, a ponto de ter sido o jogador mais utilizado em 2012 – 51 dos 57 jogos – e, ao lado de Victor, o que mais foi titular em 2013 – 58 de 71 confrontos. Juntos, foram bicampeões mineiros (2012 e 2013), campeões da Libertadores (2013) e vice-campeões brasileiros (2012). Nos dois anos, Marcos Rocha também foi eleito o melhor lateral-direito do Campeonato Brasileiro.

    E a importância do período em que Cuca e Marcos Rocha trabalharam juntos no Atlético-MG foi usada por Cuquinha para comentar o incidente de sábado no Maracanã. “Dá certa dor porque foi o Marcos Rocha. Fomos buscar ele no América, ele estava emprestado e o trouxemos. Não fez por querer, acho, mas fez. Ele poderia dizer que não fez, mas ali quem vai pensar no outro?”, questionou.

    COTOVELADA EM RENTERÍA – Essa também não foi a primeira vez que Cuca se envolve em confusão em uma reposição de bola para um arremesso lateral. Em 2011, o treinador acertou uma cotovelada em Rentería, do Once Caldas, nos minutos finais da derrota do Cruzeiro por 2 a 0, na Arena do Jacaré, pelas oitavas de final da Libertadores. O resultado eliminou o time mineiro da competição. E o treinador acabou sendo expulso.

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