Consumo nos lares brasileiros cresce 1,25% em abril frente a março, mostra Abras
O consumo nos lares brasileiros aumentou 1,25% em abril em relação a março, segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na comparação anual, o avanço foi de 2,63%, e no acumulado de janeiro a abril, o indicador registra alta de 2,52%.
O crescimento de abril foi impulsionado, em grande parte, pela sazonalidade da Páscoa e pela liberação de benefícios sociais e trabalhistas. Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, embora o número pareça “modesto”, ele se deu sobre uma base elevada de março, quando o consumo havia saltado 6,96%. Apenas na semana da Páscoa, o avanço foi de 16,5%.
Entre os estímulos econômicos que contribuíram para o desempenho de abril estão a liberação escalonada de R$ 12 bilhões do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o repasse de R$ 13,66 bilhões do Bolsa Família a mais de 20 milhões de famílias, o pagamento do auxílio-gás, a continuidade do saque do PIS/Pasep e a antecipação da primeira parcela do 13º salário a aposentados e pensionistas do INSS.
Além disso, Milan acredita que medidas previstas para o segundo trimestre, como o reajuste dos servidores públicos federais e o pagamento do primeiro lote da restituição do Imposto de Renda, devem sustentar o consumo nos próximos meses.
Cestas
O levantamento da Abras também aponta que o preço da cesta de 35 produtos de largo consumo subiu 0,82% em abril, passando de R$ 812,54 para R$ 819,20. Em 12 meses, o aumento acumulado é de 10,83%.
Itens como café (4,48%), feijão (2,38%) e leite longa vida (1,71%) puxaram a alta. Por outro lado, arroz (4,19%), farinha de mandioca (1,91%) e óleo de soja (0,97%) registraram queda.
No recorte da cesta de 12 produtos básicos, a alta foi de 0,32% em abril, com o valor médio nacional passando de R$ 351,42 para R$ 352,55. Em um ano, o aumento acumulado chega a 13,38%.
Entre os produtos que mais subiram estão novamente o café, o feijão e o leite. O arroz foi o destaque de queda, com recuo de 4,19%.