• Consumo de combustíveis cresceu 2,89% em 2019, segundo balanço da ANP

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  • 25/02/2020 09:06

    Esta semana a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apresentou os números de consumo de combustíveis no Brasil no ano passado. Em 2019, 140 bilhões de litros de combustíveis foram vendidos no mercado brasileiro. O volume representa um aumento de 2,89% na comparação com 2018, quando foram comercializados 136 bilhões de litros. As informações foram divulgados no Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis realizado no Rio de Janeiro.

    Segundo os números da ANP, um dos destaques foi a alta do Etanol. O diretor da agência Felipe Kury afirmou que a alta no consumo de etanol ocorreu em grande parte, pelo ganho de competitividade em relação à gasolina. O diretor classificou o etanol como “a vedete” do ano no mercado de combustíveis e destacou que a alta do consumo também se deu graças a uma safra recorde de cana-de-açúcar. Foram consumidos no país 22,5 bilhões de litros de etanol hidratado em 2019, enquanto em 2018 foram 19,4 bilhões. O etanol anidro, misturado a gasolina, acompanhou a queda de 0,56%. Com isso, o etanol total (soma do anidro ao hidratado) registrou alta de 10,38%, passando de 29,8 bilhões para 32,9 bilhões de litros.

    Também houve alta de 8,61% nas vendas de biodiesel, que saltou de 5,4 bilhões para 5,8 bilhões de litros. Este resultado, segundo a ANP, é reflexo do aumento da mistura obrigatória do biocombustível ao diesel. Já as vendas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) foram reduzidas de 13,2 bilhões de litros, o que equivale a 7,31 milhões de toneladas, para 13,2 bilhões de litros (7,29 milhões de toneladas), uma queda de 0,3% entre 2018 e 2019. A queda é atribuída à elevação dos preços ao longo do ano de 2019. A venda de querosene de aviação (QAV) caiu 2,5% entre 2018 e 2019, de 7,16 bilhões de litros para 6,98 bilhões de litros.

    Ainda segundo o diretor da ANP Felipe Kury, a expectativa é que a tendência de crescimento se mantenha em 2020 e acompanhe a economia do país.“Se a economia crescer a 2% ou 3%, você terá o reflexo disso na venda de derivadas. Não tenho dúvidas disso. A principal preocupação são os gargalos de infraestrutura. Não é tanto a oferta de produto. Será que a infraestrutura logística suporta 1 crescimento de 2 a 3%? Será que portos, ferrovias, rodovias estão preparadas para escoar a produção? Essa é uma questão importante, mas acho que o governo está tratando disso com bastante afinco e dedicação”, disse.

     

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