• Conselhos de classe

  • 09/06/2018 07:00

    O Conselho de Classe é a mais importante instância em uma unidade escolar e deve proporcionar um espaço de ampla discussão acerca do processo avaliativo, como também, promover a análise das circunstâncias do processo de aprendizagem e solicitar o planejamento de ações que afirmem no âmbito escolar o sucesso dos alunos. Assim, analisa a realidade escolar, planeja ações que colaboram para que os alunos leiam, escrevam, realizem cálculos com autonomia, desenvolvam raciocínio lógico e adquiram ainda, conhecimentos gerais e específicos, tendo para tanto, seu tempo de aprendizagem preservado, os conteúdos previstos para cada ano de escolaridade garantidos, acesso a aulas que consideram seus conhecimentos prévios e em que utilizem recursos que ampliem as possibilidades de aprendizagem reais.  É neste cenário que o professor torna-se agente fundamental de transformação (teoria x prática) e a sala de aula o ambiente oportuno para desenvolvimento das ações organizadas durante o Conselho de Classe. 

    Cabe à gestão garantir que ocorra de maneira transparente discutindo-o em âmbito institucional, tornando clara sua finalidade de garantir ações e intervenções que efetivamente oportunizem a aprendizagem dos meninos e meninas.  A institucionalização dos Conselhos, não se reverte apenas à leitura de um quadro de notas, objetivando a mensuração daqueles que alcançaram ou não uma média. É uma ocasião que instrumentaliza e potencializa um plano de ações docente e suas propostas de intervenções, tanto quanto, torna os diversos agentes, coparticipes do processo de cada criança. 

    Antecipar as fichas de Conselhos de Classe elaboradas no seio da Orientação Escolar, evidenciando o que se espera institucionalmente do trabalho realizado, permitirá que o docente precipite no planejamento, tópicos que serão considerados como pontos essenciais, assegurando que o espaço do Conselho, não seja uma discussão sobre o fracasso escolar, mas sim de propostas pontuais que devem dialogar com os registros de ações pedagógicas e do processo avaliativo e, que serão alimentados durante todo o bimestre, por meio das reuniões pedagógicas, atendimentos individuais e resgatados apuradamente durante os Conselhos de Classe. A vida documentada do processo de ensino-aprendizagem visa à garantia de se pensar sempre que necessário a reformulação de ações e acima de tudo, considerar potencialidades, habilidades e oportunidades que cada educando consegue lançar mão a  partir dos investimentos e de suas descobertas individuais. 

    A análise dos Conselhos de Classe, portanto, do cenário pedagógico, amplia o entendimento de que é necessária uma discussão atenta e aprofundada acerca das ações práticas, que transbordam a execução burocrática dos planejamentos, como põe à luz que todos devemos reconhecer que é imprescindível desenvolver práticas eficientes para promover a aprendizagem, mediante aos tantos desafios que assolam a educação. 

    O que é necessário fazer? Responsabilizar e cobrar das famílias o apoio e acompanhamento necessários? Sempre. Porém, se refletirmos um pouco, perceberemos que quando explicamos sempre da mesma forma, podemos fazê-lo várias vezes e não obteremos os resultados esperados de nossos alunos. É necessário refletir nestes espaços de diálogo, que o tempo gasto na elaboração de instrumentos de avaliação ou atividades que ou estão distantes daquilo que os alunos necessitam para avançar, ou do que fazemos no dia a dia, não vão colaborar para que os alunos avancem, ao contrário, poderão agir como instrumentos punitivos que vão realizar a manutenção do fracasso escolar. O objetivo principal é pesarmos e dedicarmos tempo para investimentos em atividades pontuais, concretas, voltadas para otimização do tempo de aprendizagem, qualificação na apresentação dos conteúdos e traçar metas que promovam a progressão do ensino e da aprendizagem.

    Dentro da perspectiva que cabe ao Conselho de Classe, para além de uma discussão que faz um relato comportamental, é uma instância de suprema importância para o diálogo e ação no qual o único objetivo é o aluno. 

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