• Conselho de Segurança discute violência na BR-040

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  • 01/04/2016 17:30

    A violência na Rodovia BR-040 continua sendo alvo de críticas pela sociedade civil. O tema voltou a ser discutido na reunião do Conselho de Segurança, na última quinta-feira, durante o encontro que aconteceu na Associação Comercial Empresarial de Petrópolis (ACEP). Na ocasião, participaram os representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar e da Polícia Civil (105ªDP e 106ªDP). Para o inspetor Fabrício, chefe da 6ª Delegacia da PRF, é preciso um efetivo maior em Petrópolis para atuar na segurança da BR-040. Atualmente, ele disse que precisa de, pelo menos, 15 policiais a mais para reforçar o trabalho realizado na região, atualmente por 72 agentes. Porém, destacou que o problema na BR-040, principalmente o trecho da Baixada Fluminense, não é falta de efetivo, mas sim uma série de fatores que dificultam a ação dos policiais, como o fato do local ser cercado por diversas comunidades, o que facilita a fuga dos bandidos.

    Fabrício explicou que a PRF tem mais de 90 anos e é responsável, por exemplo, por 56% da droga apreendida em 2015. Segundo ele, o órgão investe no policiamento qualitativo e possui apenas 1% do efetivo policial. “Não é o número de policiais na rua que vai resolver o problema da violência. Não é entupindo as rodovias de agentes. A culpa da segurança pública no país não é da polícia”, destacou, referindo-se a situação econômica que o país enfrenta que faz aumentar a criminalidade. 

    O aumento de efetivo em 15 policiais rodoviários, segundo ele, é essencial para que seja reaberto o ponto de apoio em Sapucaia, que está desativado. Também seria um reforço para o grupo tático e o de fiscalização de transporte. Além das ocorrências de crime, a PRF também atua nos acidentes de trânsito. “A cada acidente com vítima, perdemos em média 6 horas. E os números de acidentes são os mesmos todos os anos”, disse. Ele propôs ainda como uma forma de ter maior controle sobre quem entra e sai da cidade a instalação de equipamentos que monitoram placas de veículos nas portas de entrada. Fabrício sugere uma conversa entre poder público e privado. “Na situação atual sabemos que se não houver investimento privado os projetos não saem do papel”, declarou. 

    O delegado da 106ª Delegacia de Polícia, Nei Loureiro, disse que a polícia atua com um efetivo que é muito abaixo do mínimo. Disse ainda que os policiais não trabalham apenas na fiscalização, mas também na área administrativa. 

    Para Fernando Varella, diretor de planejamento da NovaMosanta, o problema tem provocado esvaziamento na cidade, o que prejudica tanto as sextas-feiras em Itaipava, como o comércio em geral. “Esta é uma situação insuportável para quem paga pelo pedágio”. Lédio Ferreira, diretor da Acep, acrescentou que a morte do Frei Moser no dia 9 de março gerou uma repercussão negativa para a cidade, que causam prejuízos comerciais. Varella pediu um patrulhamento mais efetivo para que esse tipo de crime seja evitado. 

    Questionada sobre a possibilidade de aumento de efetivo da PRF em Petrópolis, a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça não se manifestou até o fechamento da edição. 

    Já a Concer foi procurada para falar sobre a construção dos postos para a Polícia Rodoviária no Belvedere e na altura do pedágio novo, que foi cobrada pelo inspetor Fabrício. Em nota, respondeu que o projeto do novo posto no trecho da Serra de Petrópolis está em fase de elaboração e será apresentado à apreciação da PRF oportunamente, para em seguida ser levado à análise e aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 

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