• Conselho de Enfermagem também vai ouvir técnica que aplicou injeção vazia

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  • 17/02/2021 14:58
    Por Janaina do Carmo

    O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) vai ouvir a técnica de enfermagem que aplicou injeção vazia em uma idosa durante campanha de vacinação contra a covid-19 no campus da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), no Centro. De acordo com o conselho, já houve uma fiscalização e agora a profissional será ouvida.

    Em nota, o Coren informou que “é garantido o direito de defesa e do contraditório dos investigados e que o profissional de enfermagem é o mais qualificado no mundo para vacinar”. O conselho ressaltou também que “está em contato com autoridades competentes para elucidação dos casos”.

    O caso aconteceu na sexta-feira (12) e foi denunciado no sábado (13) depois que um vídeo feito pela família da idosa foi publicado nas redes sociais. As imagens mostram o momento em que a técnica de enfermagem aplica a seringa vazia. A idosa tomou a vacina correta ainda no sábado, após a denúncia.

    Ainda na nota, o Coren afirma que “todas as denúncias recebidas por esse Conselho são analisadas e classificadas conforme gravidade e objeto, e todas são devidamente tratadas pelos Departamentos de Fiscalização e de Ética e pelos Conselheiros eleitos. Tratam-se de ações que demandam medidas administrativas e, algumas delas, criminais, dentro da esfera de atuação e competência do Coren-RJ. Nesse sentido, cumpre-nos ainda, esclarecer que este Conselho Regional de Enfermagem do RJ vem atuando arduamente para garantir à sociedade e aos trabalhadores as condições adequadas e necessárias para o enfrentamento à Covid19”.

    O conselho disse ainda a “parceria com a Polícia Civil (PC), especialmente com a Delegacia de Combate à Corrupção, quando há indícios de corrupção ativa ou passiva ou peculato, e com a Delegacia do Consumidor, quando há indícios de crimes contra a Saúde Pública”. Já “na esfera de atuação da Autarquia, quando é verificado indícios de negligência, imperícia ou imprudência ou infração ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, após averiguação de admissibilidade, um processo ético é aberto, para a apuração da ocorrência e eventual aplicação de penalidade ao profissional”.

    A nota do Coren também ressalta o manual de normas e procedimentos em vacinação do Ministério da Saúde (Brasil, 2014) que estabelece que “as atividades de sala de vacinação são desenvolvidas por equipe de enfermagem, desde que treinada e capacitada para os procedimentos de manuseio, conservação, preparo, administração, registro e descarte dos resíduos resultantes das ações de vacinação”. Neste ambiente, destacou o Coren, o enfermeiro é responsável pela supervisão/monitoramento de toda a assistência de enfermagem, e assume o papel de gestor fundamental na preparação da unidade de saúde e dos locais em que serão realizadas as imunizações; além de todas as medidas que evitem a contaminação e a transmissibilidade da Covid-19, o que garante a segurança dos pacientes e dos profissionais de enfermagem.

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