Conselho da Pessoa com Deficiência faz blitz da acessibilidade pelo Centro
O Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência realizou na tarde de ontem uma operação em conjunto com o Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) de Petrópolis para fiscalizar as condições de acessibilidade e também orientar os cidadãos sobre os direitos da pessoa portadora de deficiência.
A operação começou por volta de 14h30, tendo como ponto de partida a Secretaria de Educação do Município, na Praça Visconde de Mauá (Praça da Águia). Em todo o entorno da localidade os fiscais, membros do conselho e também guardas de trânsito conferiram pelo menos seis vagas destinadas a idosos e portadores de algum tipo de deficiência. Durante a fiscalização, em todas elas os veículos parados estavam com o cartão que dá direito a estacionar no respectivo espaço, ou seja, nenhuma irregularidade foi encontrada. Os agentes analisaram também todo o espaço do entorno, nas ruas Moreira da Fonseca, Irmãos D'Angelo e parte da Dezesseis de Março e Rua do Imperador. Tanto as calçadas quanto o acesso a alguns comércios, como a Drogarias Raia, estavam em perfeitas condições.
Na Rua do Imperador, duas agências bancárias, que já haviam sido notificadas pelo Procon há alguns dias, também foram visitadas pela equipe durante a operação. No Banco do Brasil, próximo ao Centro Comercial Vicente Marchese, o elevador que dá acesso aos caixas e também à parte administrativa do banco não estava funcionando. “Eles atenderam a uma parte da notificação, que era instalar corretamente o sistema de sinalização e orientação horizontal, que são os relevos no piso, para que o deficiente visual consiga chegar ao seu destino. No entanto, ficaram algumas lacunas nessa sinalização, que precisam ser preenchidas para que o deficiente não se perca. Isso é fundamental. E a questão principal é a dos elevadores, que não estão funcionando”, disse Jorge Francis Badia, coordenador do Procon. Um funcionário da agência informou tanto ao Procon quanto à imprensa que o conserto já foi providenciado. Mas, enquanto isso, os deficientes estão sendo atendidos na parte de baixo, com o serviço incompleto. “O deficiente tem que ter um tratamento adequado. Não se pode esquecer de fazer algum reparo ou deixar isso de lado. Vamos voltar aqui na semana que vem e a agência vai ser punida”, disse Badia. O banco será autuado na próxima semana, e caso o conserto não seja realizado em dez dias, a multa a ser aplicada chega a R$ 50 mil.
O banco Bradesco, que também estava com problemas na acessibilidade, conforme constatou o Procon em sua última visita, desta vez já havia providenciado os reparos. Até a tarde de ontem, toda a sinalização horizontal já havia sido colocada corretamente, e o elevador foi testado por um deficiente durante a operação. Nenhuma irregularidade foi encontrada na agência.
Para Fernanda Ferreira, secretária de trabalho, assistência social e cidadania, além de presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Com Deficiência (CDDPCD), a medida foi orientativa. “Nós estamos fazendo isso para conscientizar tanto o deficiente quanto o cidadão que não é portador de deficiência e precisa aprender a respeitar o próximo. Vimos os acessos, as vagas, comércio e também os bancos. Somente nas agências encontramos empecilhos. Mas a nossa operação vai continuar e nós vamos fazer mais ações como esta”, reiterou. Novas ações serão realizadas nos próximos dias, mas o calendário ainda não foi definido.