• Congresso não reconhece partido de presidente eleito da Guatemala

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  • 01/09/2023 08:41
    Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

    O Congresso da Guatemala, que é controlado pelo partido atualmente no governo, recusou-se a reconhecer sete deputados do Movimento Semente, partido do presidente eleito, Bernardo Arévalo, após a ordem de um juiz que suspendeu a legenda, na semana passada.

    Os deputados do Movimento Semente, incluindo Arévalo, foram declarados “independentes”. A presidente do Congresso, Shirley Rivera, que pertence ao partido Vamos, do atual presidente, Alejandro Giammattei, prometeu na terça-feira uma transição “ordeira” do poder.

    Apesar da promessa, uma parte da elite política da Guatemala resiste a reconhecer a vitória surpreendente de Arévalo nas urnas. A origem do impasse está na fundação do partido, em 2018. Para ser criado, o Semente teria recolhido assinaturas falsas, segundo o juiz Fredy Orellana, que suspendeu a legenda em julho.

    Queda de braço

    A vitória de Arévalo foi certificada pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas até agora foi solenemente ignorada por parte da elite política, que vem colocando obstáculos para que Arévalo assuma a presidência.

    Diferentes entidades internacionais, como o Departamento de Estado dos EUA e a Organização dos Estados Americanos (OEA), condenaram a interferência contra o processo eleitoral e a vontade popular expressa nas urnas na Guatemala.

    Ontem, a OEA lamentou a decisão do Congresso, que violenta “a convivência democrática”. “Suspender um partido político, depois das eleições, com base no requisito das assinaturas é extemporâneo, principalmente quando esse mesmo partido recebeu um apoio nas urnas que excede, de forma clara e contundente, o mínimo legal estabelecido para a sua formação e registro”, disse a organização, em comunicado.

    Vitória nas urnas

    Nas eleições de 25 de junho, o partido Semente elegeu 23 deputados, tornando-se a terceira maior bancada da Guatemala. Arévalo derrotou a ex-primeira-dama Sandra Torres. A posse está marcada para 14 de janeiro. Político de centro-esquerda, de 64 anos, ele substituirá o conservador Giammattei para um mandato até 2028. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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