• Confirmado primeiro caso de gripe aviária do ano no Estado de São Paulo

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  • 14/jun 19:21
    Por José Maria Tomazela / Estadão

    A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo confirmou o primeiro caso de gripe aviária no Estado, em 2025. Segundo a pasta, não há risco para a população, nem impacto à cadeia produtiva de aves e ovos. O foco ocorreu em uma marreca-caneleira, ave silvestre localizada na região central de Diadema, município da Grande São Paulo.

    No Brasil, o primeiro caso de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade) em granjas comerciais foi registrado no dia 15 de maio, em Montenegro, no Rio Grande do Sul. A ocorrência levou cerca de 20 países, entre eles China, África do Sul e México, a suspenderem as importações de carne de frango do Brasil.

    O caso positivo de São Paulo foi confirmado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP). Segundo a Secretaria de Agricultura, trata-se de um caso isolado, em ave silvestre migratória, sem qualquer relação com granjas comerciais ou produção de alimentos.

    Segundo a pasta, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) fez o exame e colheita de amostras da ave. Ela foi encontrada sem reação à presença humana e apresentava sinais clínicos, como dificuldade de voar, letargia e alterações respiratórias e neurológicas.

    Este ano, o Estado de São Paulo teve 37 notificações para influenza aviária, mas nenhum caso havia sido confirmado. Em 2024, houve apenas um foco confirmado em 110 notificações. No ano anterior, São Paulo registrou 53 focos, todos em aves silvestres.

    Sem embargo à carne ou risco à população

    Conforme a CDA, em se tratando de foco de influenza aviária em ave silvestre, não ocorre embargo nas exportações de carnes e ovos, não sendo alterado o status sanitário de São Paulo e do Brasil perante a Organização Mundial de Saúde Animal. O governo de São Paulo garante não haver risco à população nem impacto na produção avícola, e que o consumo de carne de aves e ovos é seguro.

    Conforme a CDA, não há estabelecimentos avícolas comerciais no raio de 10 quilômetros da ocorrência do foco. Serão realizadas ações de vigilância na área para identificar a possível ocorrência de mortandade em aves ou a existência de sintomatologia compatível com a doença. Os moradores locais serão instruídos para identificar eventuais sinais da gripe.

    Segundo o governo, a Defesa Agropecuária está em contato permanente com equipes técnicas da Secretaria da Saúde, Secretaria do Meio Ambiente e administrações de Parques Zoológicos do Estado, além de organizações não governamentais, para ações conjuntas de enfrentamento à gripe aviária.

    O que a população deve saber

    A Defesa Agropecuária reforça que o consumo de carne de aves e ovos não transmite a doença, mas as pessoas não devem tocar em aves que apresentarem sinais clínicos.

    A infecção humana ocorre principalmente por contato direto com aves infectadas, portanto aves doentes ou mortas não devem ser manipuladas sem a utilização de equipamento de proteção individual (luvas e máscaras).

    O Estado de São Paulo não registrou, até o momento, nenhum caso da doença em humanos. A pasta da Agricultura elaborou um plano de contingência para coordenar ações para enfrentamento em caso de influenza aviária em humanos.

    A secretaria realiza o monitoramento dos munícipes envolvidos na notificação do caso em Diadema.

    A Defesa Agropecuária deve ser acionada imediatamente caso ocorra alguma suspeita da doença ou identificação de aves mortas. Os endereços estão no site https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/enderecos/.

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