Concurso da CPTrans: prefeitura empurra para empresa que organizou as provas
Agora que o Ministério Público Eleitoral abriu uma investigação do concurso da CPTrans cujas provas assinalaram exposição do nome do prefeito e de secretários em várias questões, os políticos como vereadores e deputados vão se afastar de comentários. Sentiram, pelas redes sociais, que as pessoas são contra a anulação do concurso porque consideram que os candidatos serão prejudicados. Se bobear ‘sobra’ pra eles, eleitoralmente falando, mesmo que tenham agido corretamente em denunciar.
Foi sem querer
Não se pode atribuir ao caso do concurso da CPTrans e o uso das provas como promoção pessoal do prefeito Bomtempo e secretários como ‘trapalhadas’ da gestão. Não em uma gestão com a experiência de quatro mandatos. Não é uma mancada.
Estratégia
A atual gestão, em temas polêmicos como o do concurso da CPTrans, não se pronuncia, não dá uma satisfação, não vem a público esclarecer. Fingindo que não existiu, acredita que o problema deixe de existir. Não funciona e piora bem.
Toma esse pepino
Até agora a CPTrans só se pronunciou quando arguida pela imprensa. Não houve uma fala espontânea nem dirigida aos candidatos. E, oficialmente, a empresa disse que “pediu esclarecimentos à empresa INQC, responsável pela execução do concurso público, sobre os questionamentos apresentados”. Mas, gente… Ninguém da prefeitura viu o teor dessas provas antes? Não havia uma comissão especial do concurso? Vai ser difícil convencer o MP…
Fora da agenda
A agenda do governador Cláudio Castro ontem, com o ministro das Cidades, Jáder Barbalho Filho, em Brasília, deu uma decepcionada em Petrópolis. A 15 dias de se completar dois anos da tragédia das chuvas de 2022 que matou 242 pessoas, o encontro foi para agilizar a ajuda federal aos municípios fluminenses atingidos pelas chuvas e discutir obras para prevenir enchentes, com ênfase no controle de inundações e recuperação ambiental das bacias do Rio Iguaçu-Botas e do Rio Sarapuí, na Baixada Fluminense, em análise pelo próprio ministério e orçado em mais de R$ 730 milhões. Não que não sejam importantes, mas a gente tá precisando muito também de obras para tirar 70 mil pessoas de áreas de risco.
Era assim…
Até poucos dias a Força Ambiental, com caminhões próprios, recolhia o lixo da cidade e levava para o transbordo na BR-040 e, de lá, a PDCA colocava em outros caminhões maiores e levava para um aterro em Três Rios. A prefeitura tentou emplacar contratos emergenciais com a AM3 Soluções Ambientais e Transporte de Resíduos S/A e o caso foi parar na justiça, que mandou voltar como antes.
… e ficou assim…
E agora teve novo acordo e a AM3 foi contratada para alugar caminhões e para levar o lixo para Três Rios; a Força Ambiental vai fornecer o aterro e enquanto a PDCA vai fazer a coleta de lixo da saúde. Então, ao invés de duas empresas operando agora temos três operando quatro contratos emergenciais?
… e custa isso:
Os custos ficam assim distribuídos por seis meses: PDCA com R$ 4,3 milhões para fornecer o aterro; PDCA com R$ 570 mil para recolher lixo de unidades de saúde e AM3 com R$ 7,5 milhões para alugar caminhões e mais R$ 7,1 milhões para levar o lixo para Três Rios. Soma de R$ 19, 3 milhões por seis meses e isso sem contar a mão de obra dos garis que ninguém divulgou como vai ser.
Muitas dúvidas
A prefeitura, enfim, começou a divulgar o Carnaval 2024 prometendo a programação completa para hoje. E, finalmente, menciona a programação da Praça da Liberdade. Porém, sabemos que vai ter blocos. E a questão é: porque pode no Carnaval e não pode no Natal barulho ali? E vai ter barracas de comes e bebes? Tendo, não precisa de licitação? Essas dúvidas vem sendo levantadas por leitores da coluna.
Contagem
E Petrópolis está há 268 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
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