• Comunidade LGBTI+ cobra políticas públicas para combater a homofobia

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  • 02/07/2019 08:30

    A criação de políticas públicas para população LGBTI+ da cidade foi tema de uma audiência pública, realizada na última sexta-feira, na Câmara Municipal. A audiência foi convocada após casos recentes de crimes de LGBTfobia registrados no município, entre eles o do jovem Jader Schmidt, que foi espancado e assaltado na Praça da Liberdade, no último mês.

    Foi criado um grupo de trabalho para elaborar um documento que será entregue ao Prefeito Bernardo Rossi, cobrando a criação de políticas públicas e a implantação de um núcleo de atendimento do Programa Rio Sem Homofobia no município. O programa estadual possui unidades em vários municípios do estado e oferece assistência a vítimas de LGBTfobia. Hoje, a população de Petrópolis é atendida pelo Centro de Cidadania LGBT Baixada I, que fica em Duque de Caxias. 

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    Participaram da audiência integrantes da UNA LGBT, OAB/Petrópolis, membros de conselhos municipais, do Conselho Federal de Psicologia, CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos), Centro de Referência LGBT do estado, sociedade civil, o vereador Leandro Azevedo (PSD), presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, que foi quem convocou a audiência, e a vereadora Gilda Beatriz (MDB). 

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    Com a casa cheia, os participantes falaram dos casos discriminação e violência física e verbal que sofrem constantemente no município. Defenderam o desarquivamento do Conselho Municipal dos Direitos Humanos e a necessidade urgente de capacitação dos profissionais de diversos setores da Prefeitura. Na audiência, o caso de Jader Schmitd foi lembrado. Num discurso emocionado, ele falou da violência que sofreu no dia 2 de junho na Praça da Liberdade. O jovem foi ofendido e espancado e o homem que o agrediu ainda levou seus pertences. Foi defendida a investigação e identificação do responsável pelo crime e frisada a necessidade de apuração das imagens das câmeras do Centro de Integrado de Operações, que não foram disponibilizadas para a vítima das agressões. 

    Os participantes pediram também maior participação nos conselhos municipais. O Conselho Municipal de Saúde já disponibilizou uma cadeira para um representante LGBTI+, que deve ser eleito em breve. Cobraram, ainda, o mapeamento de ações para a população LGBT e também a criação de uma semana de atividades LGBTI+, para promoção da igualdade e combate a discriminação. 

    O grupo de trabalho deve se reunir já nos próximos dias para elaborar as primeiras ações.

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