• Como a nova Selic vai afetar os investimentos

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  • 28/10/2021 17:00
    Por Érika Motoda / Estadão

    Com a nova alta da Selic, o investidor que busca segurança encontra oportunidades nos títulos de renda fixa pós-fixados. Esses papéis costumam ter rendimentos atrelados ao CDI – uma taxa de referência que acompanha a evolução da Selic – ou ao IPCA, principal indicador de inflação do País.

    Com a Bolsa andando de lado, por causa dos riscos fiscal e político, os títulos pós-fixados também passaram a oferecer boas oportunidades de rentabilidade. Isso porque o valor é corrigido por um indexador flutuante e, com o cenário conturbado, a remuneração é maior.

    Contudo, é preciso estar atento à inflação, que está corroendo boa parte das aplicações, até mesmo em renda variável. Não há nada no horizonte que indique que a inflação irá ceder este ano, por mais que o Copom tenha elevado pela sexta vez consecutiva a taxa básica de juros.

    Especialistas apostam que o ciclo de alta da Selic só deve se encerrar em meados de 2022, atingindo uma taxa entre 11% e 12%. No momento em que a taxa chegar a seu limite e puder começar a cair na sequência, essa será a hora ideal de pensar em realocar recursos nos títulos prefixados – em que o investidor sabe exatamente quais os juros que vai receber na data de vencimento. Por ora, os especialistas acreditam que eles ainda não são bons investimentos, especialmente para quem é mais conservador.

    Para Henrique Zimmermann, sócio da VLG Investimentos, as melhores oportunidades para quem quer investir por um prazo curto estão nos títulos atrelados ao CDI. Já para aqueles que olham mais no futuro, as oportunidades estão nas aplicações corrigidas pelo IPCA.

    Embora a renda fixa ofereça boas perspectivas, isso não significa que o investidor não possa encontrar oportunidades na renda variável, o que inclui as ações na Bolsa. Setores como bancos e seguradoras, por exemplo, costumam se beneficiar dos ciclos de alta da Selic. Mas é preciso ter sangue frio para lidar com as flutuações (e quedas bruscas), o que pode fazer o valor das aplicações despencar.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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