• Comércio tem pior desempenho em geração de empregos desde a pandemia; candidatos comentam

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  • 25/set 08:20
    Por Wellington Daniel | Foto: Victor Carneiro/Tribuna de Petrópolis

    O setor do comércio está, em 2024, com o pior resultado na geração de empregos desde o início da pandemia de covid-19, em 2020. É o que apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Governo Federal. Segundo o índice, de janeiro a julho, as lojas da cidade fecharam 113 vagas de emprego, com 4.916 admissões e 5.029 demissões. Na soma de todos os setores, no entanto, o saldo é positivo, com criação de 1.248 vagas.

    Em 2020 (início da série histórica do Novo Caged), de janeiro a dezembro, o comércio da cidade fechou 111 postos de trabalho. Naquele ano, no entanto, devido ao impacto da crise sanitária, Petrópolis teve 3,4 mil vagas de emprego a menos. O resultado negativo do primeiro ano de pandemia foi puxado pelos setores de serviços e indústria.

    Em 2021, a cidade gerou 2,8 mil vagas de emprego e o comércio foi o segundo melhor resultado, com 769 novos postos. Os números, no entanto, sofreram nova queda com as tragédias de 2022, ano em que o setor gerou 211 vagas, o segundo pior resultado dentre os setores, atrás apenas da agricultura. Em 2023, foram 324 novas vagas, também sendo o segundo pior saldo.

    A agricultura, no entanto, possui apenas 481 trabalhadores registrados no Caged, enquanto o comércio, chegou a 16.362 em 2024.

    Neste ano, o Caged aponta que o pior mês para o comércio foi janeiro, quando 119 vagas foram fechadas, puxando o resultado negativo da cidade naquele mês, quando a soma de todos os setores deu um saldo de 31 postos de trabalho a menos. Já o melhor resultado foi em junho, quando as lojas conseguiram abrir 55 vagas.

    Na última semana, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis (CDL) apontou para obstáculos enfrentados pelo comércio local, impactado pela combinação de crédito caro, alta inflação e endividamento dos consumidores. Em Petrópolis, segundo a CDL, o panorama é ainda mais peculiar por conta da pandemia e enchentes de 2022, duas situações que desaceleraram o crescimento previsto para o setor. Para os lojistas, o cenário vem sendo agravado pela crescente “epidemia” de jogos de apostas online, que tem dificultado a recuperação do setor varejista, que já vinha sofrendo com a retração do consumo.

    A Tribuna de Petrópolis traz, hoje (25), o décimo segundo tema da rodada de entrevistas com os cinco candidatos a prefeito. Nesta rodada, os prefeitáveis respondem sobre propostas para recuperar a geração de empregos no setor e na cidade como um todo. Nesta quinta-feira (26), a série de entrevistas será finalizada com comentários sobre o meio ambiente.

    Como explicado às assessorias dos candidatos, a primeira resposta, hoje, será do candidato do PSOL, Yuri Moura. Os demais seguem a ordem alfabética. As respostas foram encaminhadas por escrito pelos candidatos, que tiveram o limite de 500 caracteres contando com o espaço.

    Leia também: Acompanhe a cobertura das Eleições 2024

    Tribuna de Petrópolis: Dados do Caged apontam que o comércio tem enfrentado dificuldades, com 113 vagas fechadas no primeiro semestre. O setor foi atingido duramente pela pandemia e também pelas chuvas de 2022. Quais são seus planos de governo para recuperar a geração de empregos no setor e na cidade como um todo?

    Yuri Moura (PSOL): “A falta de um governo capaz, faz com que se perca para cidades do entorno. Nosso Plano de Desenvolvimento Econômico, Infraestrutura e Mobilidade vai criar um ambiente de negócios e trazer prosperidade com incentivo às nossas vocações (moda, cervejaria, turismo, tecnologia), divulgação de uma grande agenda de eventos de turismo, implantação da escola técnica e tecnológica na antiga fábrica Dona Isabel e geração de oportunidades que devem elevar de 68 para 100mil empregos com carteira assinada.”

    Doutor Santoro (Novo): “Valorizar o empreendedor, pois acreditamos que é a iniciativa privada, e não a prefeitura, que deve impulsionar a geração de empregos. Isso se faz através da desburocratização e da facilitação tributária, oferecendo liberdade para expandir negócios e gerar empregos para o trabalhador. Vamos recriar o parque industrial da cidade às margens da BR-040 para facilitar o escoamento de produção e criar o parque agroindustrial da Posse, para gerar valor agregado e riqueza para nosso campesino.”

    Eduardo do Blog (Republicanos): “Vamos reurbanizar a Rua Teresa e investir pesado em novos eventos e festas do nosso calendário. No turismo faremos dois meses de Natal Imperial, a volta da Exposição Agropecuária, Festival Gospel, Marcha para Jesus entre outros… Vamos fazer o dinheiro circular e gerar empregos em toda a cidade. É esse o caminho para recuperar o comércio – é preciso colocar dinheiro no bolso da nossa gente e trazer turistas. Vamos recuperar o Polo de Moda do Bingen e investir na Região.”

    Hingo Hammes (PP): “Vou promover incentivos para as empresas que já atuam na nossa cidade, para que elas possam ampliar as oportunidades de emprego aqui no nosso município.Também vou mapear terrenos para atrair investimentos da indústria e garantir agilidade nas aprovações de projetos na Secretaria de Obras. Vou fomentar o parque tecnológico como indutor de novos negócios e tornar Petrópolis a capital estadual da tecnologia.”

    Rubens Bomtempo (PSB): “Não é opinião, é fato: Petrópolis tem, hoje, o maior número de empregos formais da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged): 68.870 carteiras de trabalho assinadas. Esse número se deu, em grande medida, porque o nosso governo fez a roda da economia girar: reajuste para os servidores, pagamento do décimo terceiro e mais de 200 grandes obras. Hoje, Petrópolis tem mais segurança jurídica e ambiente de negócios e novos investimentos privados voltaram em toda a cidade.”

    Veja outras publicações das entrevistas:

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