Comércio registra aumento de vendas em dezembro
O movimento no comércio deu uma aquecida nos últimos dias. Lojas cheias e aumento das vendas puderam ser registrados pelos vendedores em dezembro. Mesmo com as chuvas, o petropolitano saiu de casa para comprar os presentes. Segundo a presidente da Associação da Rua Teresa (Arte), Claudia Pires, houve um aumento de cerca de 40% no volume de vendas, o que é considerado positivo, tendo em vista o momento de crise econômica que o comércio tem enfrentado este ano.
A Rua Teresa, principal Polo de Moda da cidade, apresentou movimento intenso no último sábado. Algumas lojas tiveram filas de clientes aguardando para entrar. De acordo com Claudia, os meses de fim de ano, como novembro e dezembro, normalmente apresentam um pouco mais de movimento. Este ano está um pouco mais tímido do que em 2015, mas ainda assim mais expressivo do que os outros meses de 2016. Mesmo na quinta-feira de chuva, ela disse que as pessoas saíram de casa e foram às compras.
A principal diferença do consumidor deste ano em meio à crise é o valor do produto. A presidente da Arte contou que o ticket médio varia de R$ 20 a R$ 30 por peça, chegando a R$ 50 no máximo. “Temos visto os clientes procurando roupas mais baratas, mas, ainda assim, ele não está deixando de comprar”, disse, reforçando que as lojas têm ficado lotadas, principalmente nos fins de semana, o que ajuda os lojistas a respirarem mais tranquilos, uma vez que as contas no fim do ano e, em janeiro, são quase o dobro. Claudia explicou também que as vendas de atacado já encerraram e, a partir de agora, o movimento é só de varejo.
Gerente de uma loja na Rua do Imperador, Valderes Messias Pereira contou que está vendendo todos os dias. Ela também percebeu um aumento de vendas neste último mês. “Não é aquele movimento de antigamente, mas é mais do que vínhamos registrando”, disse. Segundo ela, um dos motivos que justifica esse crescimento é que a loja oferece produtos com preços mais em conta, de R$ 15 a R$ 20.
Cresce desemprego no comércio e na indústria têxtil
O comércio em Petrópolis vem registrando momentos de incerteza, pelo menos, nos últimos três anos. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostram que o desemprego tem sido crescente neste setor, que emprega 17.614 pessoas na cidade, de maneira formal, em 4.922 estabelecimentos. De janeiro a outubro deste ano a diferença entre o número de empregados e desempregados foi negativa em 698 pessoas. Apesar de ser um número impactante é pouco menor do que o registrado no ano passado, quando no mesmo período foram fechadas 838 vagas.
As informações do Caged revelam ainda que o setor vinha fechando postos de trabalho desde 2013, quando a variação absoluta foi negativa em 332 vagas. Já em 2014 o número foi ainda mais expressivo: 631 demissões a mais que admissões.
Considerando os últimos cinco anos, é possível perceber que o comércio apenas contratou mais do que demitiu em 2011 e 2012. Se por um lado, em 2011, foram abertas 531 novas vagas, em 2012 foram apenas 126.
Outro setor que vem sofrendo com as incertezas do cenário econômico desde 2011 é o da Indústria Têxtil, do Vestuário e Artefatos de Tecidos. Ao todo, ela emprega em Petrópolis 5.377 pessoas em 708 estabelecimentos. Segundo o Caged, de janeiro a outubro deste ano fechou 504 vagas de emprego. No ano passado, a variação absoluta também foi negativa: menos 416 postos de trabalho, assim como em 2014: -256.
Em 2013, o setor apresentou um cenário um pouco melhor. Naquele ano, conseguiu contratar mais do que demitir, gerando 43 novos empregos em 10 meses. Mas, em 2012, já vinha apresentando queda, com menos 219 vagas. O último ano em que a indústria têxtil apresentou um saldo mais favorável foi em 2011, quando abriu 100 novos postos no período.