Comércio petropolitano não deve investir em contratações temporárias para o fim de ano
O comércio petropolitano não está nada otimista para as contratações temporárias de fim de ano. Isso porque o volume de vendas continua bem abaixo do que era registrado nos anos anteriores, inclusive em 2015, quando a situação já era de recessão econômica no país. E não há perspectiva para que o cenário se recupere nos próximos meses. Um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CDNL) apontou que oito em cada 10 empresários não contrataram e não pretendem contratar trabalhadores para este fim de ano.
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio), Marcelo Fiorini, a situação do setor este ano está complicada e não há muitas perspectivas. Ele contou que nem as datas comemorativas estão movimentando consideravelmente as vendas, como o Dia das Crianças, que é comemorado no dia 12 de outubro, e ainda não provou grandes demandas para as lojas. Ele afirmou ainda que o clima em Petrópolis também atrapalha o setor, considerando que as baixas temperaturas e chuvas que têm sido registradas nas duas últimas semanas faz com que as pessoas deixem de sair de casa e também não tenham motivação para ir às compras.
Além disso, Fiorini lembrou que todas as lojas já estão apresentando as coleções de verão nas vitrines e, com as temperaturas baixas, o consumidor não desperta o interesse em comprar novas mercadorias para a próxima estação. No início de outubro, as vendas seguem com média inferior a 20%. Fiorini também atribui essa situação ao crescente desemprego no país, que reflete nos municípios.
Já as contratações temporárias, se acontecerem, ele acredita que deverá ser apenas no fim de novembro. “Não estamos com grandes perspectivas, porque as vendas estão fracas de uma maneira geral. Em 2015, a situação foi parecida e só aconteceram contratações pontuais já nos últimos meses”, comentou. Geralmente, os empregos temporários começavam em outubro, mas por conta da crise econômica que o país enfrenta, o cenário mudou. Há expectativa, mesmo que tímida, de que o comércio consiga recuperar um pouco no fim de ano, com as vendas para o Natal.
A presidente da Associação da Rua Teresa (Arte), Claudia Pires, concorda com Fiorini. Segundo ela, as vendas se estabilizaram no segundo semestre, mas não a ponto de gerar novas contratações. Pelo contrário, algumas lojas do Polo de Moda ainda seguem demitindo.