• Comércio de bens no G20 fica estagnado e de serviços cresce no 4º tri de 2023, mostra OCDE

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  • 22/fev 16:26
    Por Patricia Lara, especial para a AE / Estadão

    O comércio de bens dos países que integram o G20, grupo das 20 principais economias do mundo, incluindo o Brasil, ficou estagnado no quarto trimestre de 2023. Em relação ao comércio de serviços, houve um crescimento moderado. As informações constam do relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris.

    Após vários trimestres de declínio, o crescimento do comércio de mercadorias do G20 estabilizou em termos de valor no quarto trimestre de 2023, medido em dólar. Houve pouca mudança nas exportações e importações em comparação com o terceiro trimestre de 2023, uma vez que uma recuperação robusta no Leste Asiático foi contrabalançada por uma desaceleração na Europa e na América do Norte.

    O crescimento das exportações estagnou nos Estados Unidos, com aumento das vendas por fornecedores de bens industriais compensando a diminuição das vendas de automóveis. Na União Europeia, as exportações diminuíram 0,6%, diante do declínio dos produtos químicos, enquanto as importações caíram 1,8%.

    Por outro lado, o crescimento do comércio de mercadorias foi forte na Ásia Oriental. A China registrou um aumento de 0,6% nas exportações, em parte impulsionadas por produtos de alta tecnologia e um aumento de 3,9% nas importações devido a produtos mecânicos e elétricos.

    O aumento das vendas de commodities impulsionou o crescimento das exportações na Austrália, na Indonésia e no Brasil, disse a OCDE.

    Do lado dos serviços, as estimativas preliminares apontam para um crescimento moderado do G20 no quarto trimestre de 2023, em comparação com o trimestre anterior. Estima-se que as exportações e as importações de serviços tenham crescido 1,6% e 1,3% no quarto trimestre de 2023, respectivamente, após a diminuição de 0,9% nas exportações e o aumento de 0,2% nas importações no terceiro trimestre.

    As exportações aumentaram 2,5% nos Estados Unidos, refletindo receitas mais elevadas da maioria dos serviços, enquanto as importações aumentaram 2,0% devido a despesas mais elevadas com viagens e transportes. Na Alemanha, as exportações cresceram 1,6%, refletindo receitas mais elevadas provenientes de serviços empresariais e ligados à informática.

    As exportações de serviços também aumentaram acentuadamente na Coreia do Sul e na China, refletindo uma recuperação generalizada na maioria das categorias de serviços.

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