• Comerciante assassinada pela filha e pelo namorado da jovem morreu por asfixia

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  • 11/10/2018 09:55

    Laudo do Instituto Médico Legal (IML) mostrou que a comerciante Dircilene Botelho Garcia, de 51 anos, morreu por asfixia mecânica. A informação foi divulgada pelo delegado titular da 105ª Delegacia de Polícia, Cláudia Batista Teixeira, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (10). A filha dela, Paloma Botelho Vasconcelos, de 21 anos, e o namorado da jovem, Gabriel Molter Neves, de 26, confessaram o crime. Em entrevista à Tribuna, a jovem contou detalhes da ação e afirmou estar arrependida. Os dois foram presos na noite de terça-feira (9). 

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    O crime só foi descoberto dois dias após a morte de Dircilene, no dia seguinte ao sepultamento, quando o marido e padrasto da jovem viu imagens registradas por uma câmera instalada no quarto do casal. O equipamento, comprado porque a família suspeitava que a jovem estivesse roubando dinheiro guardado em um armário no quarto da mãe, acabou flagrando a movimentação do casal antes, durante e depois do crime. 

    As imagens entregues pelo padrasto da jovem à polícia mostram que a ação durou pouco mais de 40 minutos. Eles usaram um pano com formol para tentar fazer com que a mulher desmaiasse e, sem conseguir, acabaram colocando sacos plásticos presos com fita adesiva na cabeça da mulher. Ao ver Dircilene desacordada, Paloma e Gabriel aparecem nas imagens testando um estetoscópio, usado para checar os batimentos cardíacos de Dircilene, se preparando para aplicar uma injeção de ar e, depois, retirando o corpo da cama para levá-lo ao banheiro, onde o casal limpou o rosto da comerciante e trocou sua roupa. A ideia era fazer com que todos acreditassem que a mulher havia morrido por causas naturais. Segundo o delegado, ao aplicar a injeção, a comerciante provavelmente já estava morta. 

    Paloma se entregou à polícia logo depois do término do prazo que impede prisões em casos em que não há flagrante (a lei proíbe prisões dentro do prazo de cinco dias antes do pleito a até 48 horas depois da conclusão da eleição, exceto em casos de flagrante). Gabriel foi preso em casa. Ambos já tinham mandado de prisão temporária, por 30 dias, decretado pela Justiça. Os dois foram transferidos na manhã desta quarta-feira para presídio em Benfica. 

    Momento em que os dois chegam à Delegacia. Fotos: Divulgação PM

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