• Começa a terceira sessão de análise de conjuntura do Copom

  • 03/08/2022 10:16
    Por Thaís Barcellos / Estadão

    Começou às 10h03 (de Brasília) desta quarta-feira, 3, a terceira parte da reunião de análise de conjuntura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, após duas sessões de avaliação da conjuntura no dia anterior. Depois, à tarde, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os oito diretores da instituição têm mais uma rodada de discussões antes de indicarem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 13,25% ao ano.

    A expectativa majoritária do mercado financeiro é de alta de 0,50 ponto porcentual dos juros básicos, para 13,75% ao ano, conforme 49 das 51 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast.

    Uma casa espera aumento de 0,25 ponto, a 13,50%, enquanto uma projeta a manutenção do patamar atual da Selic.

    A aposta quase unânime na elevação da taxa a 13,75% segue sinalização dada pelo Copom no último encontro, em junho. “Para a próxima reunião, o Comitê antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude que 0,50pp”, disse.

    Caso esse aumento seja confirmado, os juros básicos atingirão o mesmo patamar de janeiro de 2017.

    Será a 12ª alta consecutiva neste ciclo de aperto monetário, que já é o mais longo da história do Copom. Desde o primeiro movimento, em março de 2021, a taxa já subiu de 11,75 pontos porcentuais, o maior choque de juros desde 1999, quando, durante a crise cambial, o BC elevou a Selic em 20 pontos porcentuais de uma vez só.

    Em junho, o BC ainda indicou que mirava uma inflação mais próxima do centro da meta de 2023 (3,25%) do que sua projeção de 4,00%. Isso leva uma corrente crescente de economistas a crer que a autoridade monetária não deve ser capaz – mais uma vez – de encerrar o ciclo de alta dos juros hoje, já que as expectativas para o IPCA do ano que vem não param de se afastar do teto da meta (4,75%), com 5,33% no Boletim Focus. Neste encontro, a inflação de 2024, para qual o BC projeta 2,7% (aquém da meta de 3,0%), entra no horizonte relevante, mas com menor peso do que 2023.

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