
Com trânsito parado, um terço dos petropolitanos demora até uma hora para chegar em casa
O IBGE resolveu mexer em um vespeiro daqueles: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou o tempo médio que o cidadão leva do trabalho para casa, em todo o Brasil. A estatística deu para Petrópolis a tradução em números do nó que é a mobilidade do município. Apesar de mais de 56% da população viver no primeiro distrito, com distâncias médias entre 15 a 20 minutos interbairros ou das regiões para o Centro, exatamente um terço da população (33%) demora entre 30 minutos e uma hora para se deslocar entre o trabalho e sua residência. Outro terço (34%) demora entre 15 a 30 minutos.
Dado evidencia precariedade do transporte público
A leitura desses dados deve levar em conta uma série de fatores, como o volume de carros na rua, que gera um caos no sistema viário em horários de pico, o quanto esse tempo de deslocamento acresce ao trajeto que normalmente seria feito e, principalmente, a precariedade do sistema de transporte público, que está na raiz de todo o problema. São vários os fatores. Um deles é o fato de que, como a oferta de ônibus não é das maiores, principalmente depois da pandemia, há menos horários e, portanto, as pessoas demoram mais para conseguirem se deslocar. Por outro lado, como os ônibus são caros e ineficientes, quem consegue uma renda um pouquinho maior financia uma moto ou carro e “foge” do sistema. Isso, por sua vez, aumenta ainda mais o número de veículos nas ruas, contribuindo para o colapso da mobilidade como um todo. É um ciclo vicioso. Como a gente tem abordado, o Plano de Contingência pode ajudar a resolver parte dessa equação, mas, para isso, é preciso, mais do que divulgação, uma interação maior com a sociedade, para que ela possa se apropriar das mudanças e construir junto o processo. É o primeiro passo para retomar a credibilidade ao sistema.
Falta combinar com os russos
Como você vê hoje nas páginas da Tribuna, a Turp quer fazer dois testes da troncalização do sistema de transporte no Quarteirão Brasileiro e em Araras. Falta só combinar com o povo: a CPTrans tentou fazer uma reunião na primeira localidade para falar do transporte e, antes mesmo de o assunto chegar à pauta, o clima foi tenso. Em Araras, o governo deve consultar a opinião do presidente da Câmara, Júnior Coruja, que conhece melhor a localidade.
Ufa! Agora vai!
Por outro lado, a gente ficou feliz, aliviado, satisfeito e esperançoso com o relatório sobre o cumprimento das metas da Turp estabelecidas pela 4ª Vara Cível. Eles mostraram que o número de viagens cumpridas aumentou… 1%! Uhuuuuul! Ê! Viva!
Devagar, devagarinho
Falando sério, o boletim mostra que poucos itens avançaram pra valer no serviço da empresa que atende o Quitandinha e os distritos. Houve avanço pontual na manutenção, mas na prestação de serviço mesmo, muito pouca coisa mudou, segundo conclusão da própria CPTrans. Assim vai ser difícil ela sair do “castigo” do reajuste menor da passagem na comparação com Cidade Real e Cidade das Hortênsias.
Capenga
A ausência de representantes do governo durante a apresentação das emendas ao Plano Plurianual, documento que dá o norte para o planejamento do município nos próximos quatro anos, foi muito criticada por vereadores de oposição ontem. Mas não ficou só por aí: o próprio plano foi questionado. Expressões como “sem horizonte” e “sem direcionamento claro” foram usados. Além disso, houve críticas à falta de planos e metas, além da participação popular.
Digo ao povo que sigo
O supersecretário Fred Procópio foi ao Rio se encontrar com o dono… ops, com o presidente do MDB no Rio, Washington Reis. Fred e Kings saíram de lá dando duas notícias que a gente já não tava botando mais tanta fé: que continua pré-candidato a deputado estadual e que as obras da já folclórica ligação Bingen-Quitandinha vão sair do papel.
Leal no TCU
E o deputado Hugo Leal deu um passo importante para virar ministro do Tribunal de Contas da União: o apoio da importante bancada federal do seu partido, o PSD. Os pupilos de Gilberto Kassab fecharam quetão em nome do deputado para a vaga, que vai ser aberta no ano que vem. Hugo Leal ainda tem outros desafios, pois deve enfrentar concorrentes de peso, como os deputados Danilo Forte (CE) e Elmar Nascimento (BA), ambos do União Brasil.

Contagem
Estamos há 2 anos, 5 meses e 3 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br.