• Com tendência de aumento nos casos de dengue, Petrópolis segue em Estado de Emergência

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  • 02/abr 08:29
    Por Maria Julia Souza

    Com a tendência de aumento do número de casos de dengue no mês de abril, a Prefeitura de Petrópolis irá manter o decreto de Estado de Emergência na cidade, anunciado no dia 29 de fevereiro. Segundo o município, ainda não há uma data definida para o fim do decreto.

    Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que a cidade registrou, até a última quarta-feira (27), 1.579 casos de dengue e dois óbitos – outros dois seguem em análise. O Comitê Municipal de Enfrentamento às Arboviroses vem se reunindo semanalmente para avaliar o número de casos da doença e determinar as ações de combate à epidemia com base nos dados.

    A segunda edição do “Dia D contra a Dengue”, que irá acontecer no próximo sábado (06), está entre as ações realizadas. Além disso, os agentes de combate à endemias continuam atuando no município e os agentes de saúde da família seguem orientando a população no combate ao vírus. Também é realizada uma ação conjunta com os acumuladores de resíduos, além de limpeza de chafarizes e outros equipamentos pela Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep).

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    Por meio do decreto, os agentes de endemias estão autorizados a tomar medidas enérgicas com o apoio da fiscalização e força policial para acessar imóveis suspeitos, abandonados ou desabitados. Essa ação visa garantir que nenhum foco de proliferação do mosquito fique sem ser tratado. No entanto, vale destacar que a cooperação dos proprietários é essencial no processo. A recusa em permitir a entrada dos agentes será notificada e pode resultar em medidas legais.

    Estado também mantém decreto de epidemia

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) decidiu manter o decreto que classifica como epidemia por dengue a evolução de casos da doença no Rio. Mais de 171 mil registros foram feitos até a última quinta-feira (28), incluindo 71 mortes confirmadas.

    Segundo o Governo do Estado, embora os municípios tenham autonomia para declarar e revogar os próprios decretos sobre epidemias em seus territórios, os parâmetros epidemiológicos avaliados diariamente pelos técnicos do Centro de Inteligência em Saúde da SES-RJ ainda indicam alto número de casos e taxa de incidência da doença, que segue acima de 1.000 casos por 100 mil habitantes na maioria das cidades fluminenses. 

    O estado do Rio ainda se mantém em nível 3, o mais alto na escala que configura Emergência em Saúde Pública, apresentando um excesso de casos dez vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano. Ainda que haja uma desaceleração nos registros em algumas regiões do estado, o que sugere a tendência de queda, o número ainda é considerado alto. 

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