Com programação de Natal reduzida, prefeitura “joga fora” R$ 300 milhões
A estimativa de giro da economia com uma boa programação de Natal – a última mais caprichada foi em 2019 – fica em torno de R$ 300 milhões com a circulação de 500 mil pessoas ao longo de todo o evento. É um dinheiro que não entra nas contas da prefeitura, e sim no faturamento das empresas de comércio, turismo, gastronomia, prestação de serviços e por aí vai. Assim, elas se mantêm, se expandem, contratam mais. A gente faz essa introdução para dizer que, sem o Natal Imperial, que o prefeito Bomtempo disse que será reduzido em atrações, decoração e iluminação, essa oportunidade de girar a economia vai para o ralo.
Cantando a pedra
Não foi por falta de aviso. Lá atrás, a gente cantou a pedra. A programação que tinha tudo para voltar ao patamar de antes da pandemia esbarrou na tragédia de 2022, que atrapalhou as contas públicas e o funcionamento da prefeitura, além de ter deixado a cidade em um luto cerrado, evidentemente. Mas, em 2023, o Natal foi igualmente apagado. Se a gente tinha R$ 288 milhões a mais de ICMS no ano passado, por que a programação e iluminação não foram legais? Até a árvore da Praça da Liberdade foi inaugurada fora do prazo. Ou seja, faltou empenho do governo em investir na área.
Novo modelo
Este ano, sem o ICMS a mais (aquela confusão em que Bomtempo nos meteu), perigando atrasar salário de servidores e sem previsão de verba para a merenda em 2025, a culpa de não ter uma festa decente é de novo do imposto. Nunca é responsabilidade da gestão. Passou da hora de a iniciativa privada ser parte integrante e atuante nas decisões sobre as festas. Elas não são da prefeitura, são da cidade.
Eu te disse
Só para lembrar mais uma vez: a gente avisou. E mais: enquanto isso, cidades vizinhas como Teresópolis, Nova Friburgo e Miguel Pereira investiram em suas programações natalinas.
Acesso
Estão havendo audiências judiciais, como a referente ao Inpas, cujos recursos do fundo foram usados para pagar os salários dos aposentados e pensionistas porque a prefeitura não repassou dinheiro suficiente para a folha toda. É um assunto que interessa à nova gestão, e a equipe de transição de Hingo Hammes não teria de ser convidada? Aliás, essa equipe tem de estar presente em tudo o que impacta na nova gestão.
Imexível
O governador Cláudio Castro vai estrear 2025 com uma mexidinha em seu secretariado. Pode ser só na pasta de Turismo ou ampliar para mais algumas secretarias. Isso gerou ciumeira, correria e disputa entre os partidos. Há só uma certeza: Bernardo Rossi é imexível.
Castro presente
O governador Cláudio Castro já declarou seu amor por Petrópolis inúmeras vezes. E sempre vem à cidade nos finais de semana e em eventos religiosos. Agora está vindo mais vezes para estar com Hingo Hammes, uma rotina iniciada ainda na campanha. Uma das expectativas é de que o governo do estado, nos primeiros dias de gestão de Hingo, anuncie um pacotaço de ações para a cidade, em especial para preparar Petrópolis para voltar a atrair empresas.
Indiretas
Mas o que deu no presidente da Câmara, Junior Coruja, reeleito com folga e todo pimpão? Tava rancoroso nas redes sociais dizendo que “conquistou tudo sem herança, sem pai rico, sem padrinho, sem bajular ninguém e tudo na base da luta”. Essa parte da bajulação é que a gente não entendeu…
Encontro
O coletivo de marceneiros Na.Serra promove, dia 23, a segunda edição do seu Encontro Aberto. O evento terá a participação de marceneiros e oficinas de Petrópolis e contará com exposição e venda de mobiliário e demonstrações de atividades. Uma mesa redonda terá a participação de Freddy Van Camp e Túlio Mariante, nomes consagrados no design nacional. São esperadas mais de 180 pessoas no encontro, que acontece na antiga Cia. Petropolitana, em Cascatinha.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 178 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
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