• Com previsão de verão chuvoso, Defesa Civil lança Plano de Contingência para atuação em áreas de risco

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  • 30/11/2021 17:59
    Por Luana Motta

    Com um volume de chuva atípico para os meses de primavera, a previsão é de que o verão seja ainda mais chuvoso. Um levantamento feito pela Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias, mostra que num recorte de 75 dias, abrangendo os últimos dois meses, choveu em 55 deles. Segundo o secretário de Defesa Civil, tenente-coronel Gil Kempers, o período atípico é uma preocupação porque gera um acumulado de chuvas maior.

    Para tentar mitigar as consequências das chuvas, o órgão lançou nesta terça-feira(30) o Plano de Contingência do Município para Chuvas Intensas – 2021/2022, que deve mobilizar mais de 30 órgãos, entre governo municipal, estadual, instituições e sociedade civil organizada. 

    O Plano Verão deste ano tem novidades: a Defesa Civil reforçou a equipe com meteorologista, geólogo, engenheiros e equipe de Assistência Social, que agora atua dentro da sede. Uma das ações do plano é a atualização de boletins diários com a previsão meteorológica para Petrópolis e emissão de alertas sobre a possibilidade de chuva forte ou ventania. O sistema de monitoramento é feito com pluviômetros, sistema de detecção de raios, estações geotécnicas para avaliação de infiltração do solo e avaliação de riscos de deslizamentos, e o monitoramento por meio do sistema bodycam (câmeras anexadas no uniforme dos agentes), além de câmeras nas viaturas para a transmissão de imagens de ocorrências em tempo real. 

    Ao longo do ano, a Defesa Civil reativou 23 Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudec) em comunidades localizadas em áreas de risco. Nem todas possui o Sistema de Alerta e Alarme automatizado por meio de sirenes. No mês passado, foi lançado um sistema alternativo, com a utilização de apitos. O alerta utiliza os mesmos protocolos de mobilização que o sistema automatizado, a diferença é a maior participação da comunidade na mobilização. No último sábado, foi feito um simulado na comunidade do Floresta, cerca de 70 pessoas participaram e se mobilizaram até o ponto de apoio. 

    De acordo com o secretário, há uma boa adesão das comunidades em relação aos projetos que estão sendo desenvolvidos no plano de redução de risco de desastres em Petrópolis. Além da implantação do sistema alternativo, a Defesa Civil está implantando um sistema caseiro de medição de chuva: os pluviômetros de garrafa pet. Os moradores recebem a capacitação e aprendem a construir o equipamento com custo quase 0. 

    O plano já está em ação e, segundo Kempers, e já tem se mostrado efetivo nas ocorrências menores. Ele afirma que a partir do Programa Aproxime, conseguiu escutar as demandas da população e alinhar o plano de acordo com as demandas do município. “É o que chamamos de afinar o instrumento, melhorando a velocidade de atendimento às ocorrências, o entrosamento entre as equipes e demais órgãos e a comunicação, nós testamos o plano e vimos que esse é o melhor modelo”, disse. 

    O plano sugere as ações que devem ser realizadas a partir do nível de gravidade de cada situação. O acionamento de cada órgão envolvido no socorro, assistência, segurança, limpeza urbana, entre outros. O plano está disponível no site da Defesa Civil. 

    CIMOP conta com 56 câmeras de monitoramento  

    O Centro Integrado de Monitoramento e Operações de Petrópolis (CIMOP) é uma das ferramentas usadas no monitoramento de ocorrências na cidade. São 56 câmeras espalhadas pelo Centro Histórico e adjacências que dão acesso à Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública (SSOP), Defesa Civil, CPTrans, Comdep, Guarda Municipal e SAMU. O órgão ainda interage com a ENEL, Águas do Imperador, Corpo de Bombeiros, polícias Militar, Civil e Federais. 

    “O poder de articulação com as demais agências têm dado mais agilidade no atendimento ao cidadão. E agrega outras ocorrências, como acidentes que precisem do SAMU ou Bombeiros, Força Ambiental ou CPTrans”, disse Kempers. 

    Além disso, está em processo de estruturação uma plataforma, desenvolvida pela Wiiglo Tecnologia da Informação, através de uma parceria, que tem como proposta integrar a coleta de dados. A plataforma, que usa inteligência artificial para analisar dados, será mais uma ferramenta de monitoramento para o período de chuvas e está prevista para começar a funcionar em janeiro.

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