Com preço nas alturas, ovos industrializados abrem espaço para artesanais no mercado

A Páscoa está logo ali, mas a alta do preço do chocolate têm assustado os consumidores. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas confirma que o chocolate aumentou 12% nos últimos doze meses – acima da inflação dos alimentos e do índice geral de 4,5%.

Apesar disso, uma pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), realizada no último mês com 800 consumidores do Rio de Janeiro, apontou que 69,5% dos entrevistados pretendem presentear alguém nesta Páscoa; 27,5% não devem comprar nada e 3% ainda não sabem ao certo.

Dos consumidores que pretendem presentear alguém, o ovo de Páscoa apareceu em primeiro (59,6%). Logo depois, o bombom (37,8%) e a barra de chocolate (24,1%).

Com a alta no preço dos chocolates e dos ovos industrializados em lojas e supermercados, os consumidores estão buscando outras alternativas. É neste cenário que os ovos artesanais, feitos por autônomos e microempreendedores, vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado. É o que conta Bianca Armbrust, da marca petropolitana Bigadeiros: “Hoje em dia, as pessoas tem uma consciência muito maior de apoiar os empreendedores locais. Além disso, os ovos de supermercado encareceram muito de uns anos para cá e os ovos artesanais apareceram como uma alternativa para o consumidor por saírem mais em conta. Eles têm um valor diferente, não têm conservantes, os ingredientes são fresquinhos, têm sabores inusitados e visualmente dão água na boca.”