Com os salários e benefícios reduzidos, funcionários da Turb cruzam os braços e início da operação atrasa nesta segunda
O atraso no pagamernto dos salários este mês levou um grupo de funcionários da empresa de ônibus Turb a impedir a saída de coletivos da garagem da empresa, durante a madrugada. A manifestação começou por volta das 3h, com quase 50 pessoas, atrasando o início da operação nesta segunda-feira. Os ônibus não saíram da garagem no primeiro horário e só começaram a ir às ruas perto das 6h30,, após uma longa conversa com diretores da empresa. O serviço, no entanto, ainda demorou um pouco para ser normalizado.
No sábado, o Sindicato dos Rodoviários já tinha informado sobre a possibilidade de greve, mas a paralisação estava prevista não para hoje, mas para terça-feira. A manifestação nesta segunda não contou com a participação do sindicato.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, os funcionários reclamam de redução no pagamento e corte na cesta básica. O problema foi confirmado pela empresa, que alegou estar tentando diálogo com a Prefeitura e a CPTrans desde abril, em busca de redução de custos operacionais ou para encontrar uma alternativa de custeio para as despesas elementares para a operação dos ônibus. “Sem qualquer resposta ou ajuda, com queda de mais de 50% na demanda de passageiros e sem redução dos custos na mesma proporção, a situação se tornou insustentável e a operadora se viu obrigada a adotar o pagamento parcial dos vencimentos de seus colaboradores, situação jamais vivenciada por nenhuma empresa de todo o grupo que a Turb Petrópolis faz parte”.
A direção da empresa acrestou que o cenário atual indica a possibilidade de um colapso no serviço. “Essa é a pior situação possível para uma empresa, quando falta recurso para pagamento integral dos funcionários e acúmulo de dívidas com fornecedores. É indicativo de que caminhamos para o colapso de um serviço essencial”, disse Jean Moraes, diretor da Turb Petrópolis.
Entenda: Crise no transporte: sem pagamento integral dos salários, funcionários da Turb ameaçam paralisação