• Prefeitura terá que justificar ao MP as razões para não fazer lockdown

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  • 19/03/2021 13:36
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    A Prefeitura de Petrópolis terá que informar aos ministérios públicos Estadual e Federal quais serão as medidas alternativas ao lockdown para conter o avanço da covid-19 na cidade. Os MPs pedem ações mais restritivas ao município devido ao aumento dos casos e consequentemente da taxa de ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI), que está acima de 87%.

    Segundo os MPs, o governo municipal terá que justificar os motivos pelos quais não irá decretar o lockdown, apresentando dados epidemiológicos e de ocupação de leitos. “Estamos em colapso e com enorme dificuldade de expandir o número de leitos, tanto públicos como privados, em razão da falta de profissionais de saúde. As equipes médicas estão esgotadas, física e mentalmente. O Ministério Público quer reforçar que, sem o engajamento da população, vamos perder mais e mais vidas. É preciso estar consciente sobre a necessidade do uso da máscara e de se evitar aglomerações”, afirmou a promotora de Justiça Vanessa Katz.

    O pedido para implantação de medidas mais restritivas foi feito durante a reunião semanal entre os promotores e representantes da Prefeitura. O encontro aconteceu na quarta-feira (17). Na reunião também estiveram presentes representantes dos hospitais Unimed e SMH – Beneficência Portuguesa que informaram estar enfrentando dificuldade para contratação de médicos e outros profissionais de saúde para abrir mais leitos para tratamento de covid-19. “Ambos os hospitais confirmaram expressivo aumento no número de atendimentos a casos respiratórios, bem como do número de tomografias positivas para covid, informando que estão com a lotação máxima de leitos”, disse o MP.

    Além de ter que justificar os motivos pelos quais a Prefeitura não vai decretar o lockdown, o município terá também que enviar dados atualizados sobre vacinação, o planejamento para utilização das sobras nos frascos, os casos suspeitos, os atendimentos, os comparativos de novos casos, os números de testes aplicados, entre outras informações para o acompanhamento realizado pelos Ministérios Públicos.

    Durante a reunião, o Ministério Público Estadual informou também que já requereu na justiça o aumento da frota de ônibus na cidade, com objetivo de diminuir a lotação no transporte coletivo. Além disso, tanto o MPRJ e o MPF lembraram que já vinham alertando para a necessidade de providências para evitar a ocorrência de desabastecimento de oxigênio e medicamentos do kit entubação.

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