Com dívida de R$ 793 milhões e receita em queda, capacidade de investimento vai a zero

Se em 2024 o termo “penúria financeira” deu o tom da situação das contas do município, a prestação de contas dos primeiros quatro meses de 2025 mostra o tamanho do problema ao longo dos próximos anos. A dívida bruta consolidada é de R$ 793 milhões, enquanto a receita corrente líquida caiu de R$ 1,69 bilhão para R$ 1,64 bilhão. Gastos com pessoal e encargos sociais somam R$ 234 milhões, 41% das despesas totais. E não sobra quase nada para novos investimentos: apenas 0,48% dos recursos foram destinados para novas ações.

Município deixou de arrecadar R$ 60 milhões de 17 empresas

O secretário de Fazenda, Fábio Júnior, trouxe uma informação preocupante: a equipe econômica do município identificou que R$ 60 milhões em impostos, referentes a apenas 17 empresas, se perderam. A “evasão fiscal”, na prática, pode significar sonegação de impostos que prejudica todos os demais cidadãos. O secretário afirmou que a Fazenda está apertando o cerco da fiscalização, mas de maneira orientativa.

Dívida cresce 27%

A dívida bruta cresceu 27%, saindo de R$ 692 milhões no último quadrimestre de 2024 para R$ 793 milhões nos primeiros quatro meses deste ano. Segundo a equipe econômica da Prefeitura, a renegociação de débitos e a questão dos precatórios ajudaram a “engordar” os números.

O ICMS e a guerra de narrativas

Como não poderia deixar de ser, a questão do ICMS “a mais” também foi debatida. Fábio Júnior já chegou dizendo que a gestão Bomtempo se escorou em uma “decisão precária” que garantiu recursos adicionais em 2023. Foi rebatido pelo vereador Léo França. Defensor do ex-prefeito, Léo lembrou que há ação de mérito (suspensa pelo TJ) em favor do município e questionou ao secretário sobre “qual empresa causou o prejuízo” (da queda de arrecadação). Vale registrar que a GE Celma, maior empregadora da cidade, sempre alega que não tem nada a ver com isso: só seguiu o Manual de Instruções de Preenchimento da Declan, feito pela Secretaria Estadual de Fazenda.

Baixa participação

A crise financeira é um ponto crucial para Petrópolis. Mesmo assim, foi baixo o quórum da audiência. Apenas Tiago Leite Guel, Léo França, Lívia Miranda e Júlia Casamasso estiveram presentes.

Entrando no clima

Junho chegou e com ele a expectativa para a maior festa do nosso calendário: a Bauernfest. No domingo, começou a ser instalado o letreiro da festa na Casa Visconde de Mauá. Trabalho que vai se intensificar até o dia 27, quando a Festa do Colono Alemão será aberta oficialmente.

Toco y me voy

Como você viu nas páginas da Tribuna, Alexandre Gurgel não é mais o secretário de Educação. Segundo a Prefeitura, ele “solicitou sua saída” da pasta. Ana Carolina Kapler Ferreira, que assumiu a secretaria interinamente, já chega sentindo o peso do cargo: hoje, a partir das 19h, tem audiência pública para apresentar os resultados do primeiro quadrimestre da Educação.

Terceira baixa

É a terceira baixa do governo Hingo Hammes. O vice-prefeito, Baninho, já havia pedido desligamento da Secretaria de Meio Ambiente por questões de saúde. E a vereadora Gilda Beatriz deixou as secretarias da Mulher e da Pessoa com Deficiência após um mês e meio de governo, depois da polêmica com vereadores naquele caso das sacolas. Vale a máxima de observadores mais experientes da política: “um governo nunca termina como começa”.

Contagem

Estamos há 2 anos, 1 mês e 1 dia sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

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