Com campo novo, Palmeira justifica ausência no Municipal: ”sem pessoal”
No início deste ano, o Palmeira reinaugurou, com toda pompa, o seu estádio de futebol. Rebatizou o nome do local, tirando Franklin Sampaio e pondo Manoel Cintra, famoso dirigente do clube tricolor por décadas. Passada a euforia pela festa, o espaço começou a ser usado principalmente por moradores da região, mas a intenção de disputar os campeonatos municipais não se concretizou.
As obras de recuperação do então desgastado e acanhado estádio levaram, pelo menos, dois anos até ficarem prontas. Ali, quase tudo sofreu modernização, desde os castigados vestiários até o gramado. Foram, investidos mais de R$ 300 mil reais durante o período, transformando o local no estádio “mais novo” de Petrópolis. Houve uma grande festa para a sua reabertura, com direito a jogos de futebol e tudo mais.
Com o estádio Manoel Cintra a disposição, a expectativa ficou por conta da reorganização das divisões de base do Palmeira, já que era a intenção inicial da diretoria em apoiar uma reformulação no esporte. Havia até a expectativa de que o tricolor brigaria, nesse primeiro ano pós-reforma, ao menos três categorias poderiam disputar as competições da LPD. Mas a promessa não se tornou uma realidade.
Embora a LPD tenha começado, com um atraso de quase cinco meses, suas competições oficiais, o Palmeira não se inscreveu em nenhuma disputa. Manifestou o interesse em participar do Municipal de futebol máster, mas após o anúncio do assessor da entidade, Gaguinho, sobre o cancelamento do evento neste ano, o tricolor recuou em sua vontade de brigar pelo título dos veteranos.
De acordo com o presidente do Palmeira, Roberto Naval, a justificativa para a ausência do clube nos campeonatos de futebol se dá por falta de uma equipe de trabalho, que fosse capaz de trabalhar ops times de futebol e acompanhá-los nos confrontos oficiais. “Se eu tivesse mais gente para trabalhar, daria para manter a estrutura que mantemos no futsal”, explicou o dirigente.
No futsal, o Palmeira – atual campeão do Troféu Eficiência da LPD – faz investimentos pesados na modalidade, apoiando desde os seis até os 19 anos. O clube tem por hábito disputar competições promovidas pela Federação de Futsal do Rio, sendo que, além disso, costuma revelar talentos para clubes da capital fluminense. Recentemente, quatro jogadores e mais um dos técnicos do clube, Vinicius Leonardes, foram campeões mundiais na Disney, nos Estados Unidos.
Segundo Naval, somente para o ano que vem se estudará a formação de uma comissão, semelhante ao montado pelo futsal, para recomeçar um trabalho para o futebol. Até lá, o dirigente espera garantir uma parte do retorno dos investimentos no estádio através da cessão do campo para animadas partidas de futebol amadoras.