• Com aumento na procura em pontos de apoio, toque de recolher deve ser prorrogado

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  • 11/03/2021 19:51
    Por Luana Motta

    O aumento na procura pelo ponto de apoio da covid-19 pode fazer a Prefeitura prorrogar o toque de recolher – as medidas de restrição implantadas na semana passada, a princípio são válidas até o próximo dia 15 de março. Em entrevista à Tribuna, o secretário de Saúde, Aloísio Barbosa Filho, disse que a pasta vem monitorando os casos, e as medidas podem ser prorrogadas e até ampliadas.

    Municípios vizinhos continuam fazendo esforços para evitar que o sistema de saúde entre em um colapso. Com 90% dos leitos de covid-19 ocupados, a cidade do Rio de Janeiro publicou nesta quinta-feira (11), um decreto que prorroga o toque de recolher até o dia 22 de março.

    Em Petrópolis, os efeitos das medidas de restrição só devem ser sentidos na próxima semana, segundo Aloísio Filho. “Estamos monitorando dia a dia. Devido a esse aumento de casos, acreditamos que essas medidas devem ser prorrogadas, sim, mas é uma decisão que será tomada em conjunto”, disse o secretário.

    Os municípios de Teresópolis e Três Rios já não tem mais leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com covid-19 disponíveis. Desde a publicação da resolução que cria a regulação unificada para leitos destinados a pacientes com covid-19 no estado, quem precisa de um leito entra na fila. O paciente de Petrópolis pode ser internado em unidade de saúde fora do município, assim como outros munícipes podem ser transferidos para as unidades de saúde de Petrópolis.

    De acordo com o secretário, estão sendo monitorados tanto o número de casos de pacientes que vem transferidos de outros municípios, quanto o de visitantes de outras cidades que acabam utilizando as portas de entrada do município.

    “A gente vem monitorando esses casos. Quando o paciente vem de outro município, vem a ficha de notificação, e questiona-se se vem de outra cidade ou não. É preocupação por conta de municípios que possam não ter condições dar suporte e isso possa gerar sobrecarga. No momento, nós estamos com aumento de casos, aumento de atendimentos, mas estamos em atenção em relação a isso”, disse Aloísio Barbosa. O secretário afirmou ainda que, caso seja necessário, as barreiras sanitárias também adotarão medidas mais restritivas para a entrada de visitantes.

    No município, as cirurgias eletivas foram novamente suspensas. E segundo o secretário, a fila é grande, já que, além da fila de espera normal, há o represamento por causa dos meses de suspensão durante o ano passado.

    Percentual de ocupação dos leitos de UTI deixa município em estado de atenção

    Ao todo, 69,52% dos leitos de UTI do SUS estão ocupados por pacientes de covid-19. Nas internações clínicas, o percentual de ocupação chega a 78,18%. O levantamento feito pelo secretário de saúde mostra que o município possuí 105 leitos de UTI para pacientes de covid-19. O mapa é o seguinte:

    • 15 leitos no Hospital SMH,
    • 45 leitos no Hospital Nossa Senhora Aparecida,
    • 11 leitos no Hospital Clínico de Correas,
    • 13 leitos no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp,
    • 7 leitos no Hospital Alcides Carneiro,
    • 14 leitos na UPA Vermelha, no Cascatinha.

    Destes, apenas 72 aparecem regulados na Secretaria de Estado de Saúde. De acordo com a Secretaria de Saúde, parte dos leitos não aparece no painel de monitoramento da SES, por se tratarem de leitos intermediários ou que foram contratualizados mas não estão em uso no momento, podendo estar disponíveis em até 48h caso o município necessite.

    “Solicitamos que a população mantenha os cuidados, use máscara, higienização das mãos, uso de álcool em gel, quando não puder lavar as mãos. Evitar aglomeração, quem puder evitar aglomeração. É importante a conscientização de todos para que possamos manter as atividades funcionando, a economia funcionando, e termos a capacidade de fazer o atendimento de todos. A secretaria de saúde vem trabalhando e monitorando junto com a prefeitura para que possamos ampliar cada vez mais os cuidados aos petropolitanos e que todos se vacinem quando chegar o momento”, alerta o secretário de saúde.

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