Com 3 fusos horários no México, pesquisa boca de urna só deve ser divulgada a partir das 22h
O México entra na sua hora decisiva das eleições históricas, com duas mulheres favoritas para presidir o país: Claudia Sheinbaum, do mesmo partido do atual presidente, López Obrador, e Xóchitl Gálvez, da coligação de centro Fuerza y Corazón.
A maioria das urnas já foi fechada, em um pleito marcado pela violência.
Segundo a consultoria Integralia, mais de 230 candidatos, seus familiares e assessores foram assassinados durante o atual ciclo eleitoral, enquanto os cartéis lutavam para instalar aliados nos gabinetes dos prefeitos.
Por isso, o próximo presidente enfrentará outro desafio: manter a estabilidade política. López Obrador, um operador político experiente, manteve sob controle as facções concorrentes do Movimento Regeneração Nacional (Morena), de esquerda. Sheinbaum não tem a mesma influência na legenda, que foi fundada como veículo das ambições de Obrador.
Conforme estabelece a lei eleitoral do país, o Estado de Quintana Roo (sudeste) e as áreas de fronteiras, como Coahuila, Nuevo León (norte) e Tamaulipas (nordeste), foram as primeiras a concluir a votação, às 20 horas de Brasília.
No entanto, como o México tem três fusos horários, as urnas da Cidade do México (capital) e de outros 20 Estados foram fechadas uma hora depois, às 21 horas (de Brasília). E, nos distritos do Pacífico Norte, serão fechadas somente às 22 horas (de Brasília).
Possivelmente, só depois disso será permitida a divulgação das primeiras pesquisas de boca de urna para presidente.
Poucos minutos antes do fechamento das cabines de votação na maior parte do México, a candidata da situação, Claudia Sheinbaum, foi para um hotel no centro da Cidade do México, onde aguardará o resultado da eleição.