• Com 132 milhões de animais domésticos no país, mercado de pets segue em alta

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  • 24/08/2017 14:00

    Não é segredo que os brasileiros são apaixonados pelos animais. Não é a toa que o país tem a segunda maior população de pets do mundo, de acordo com o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) temos 132 milhões de animais domésticos. Ficando atrás apenas dos Estados Unidos. No levantamento feito pela Euromonitor Internacional, em 2016, o Brasil ficou em terceiro lugar na lista dos países que mais consomem produtos pets. As demonstrações de afeto dos donos não ficam apenas no carinho, mas também aparecem nos gastos com os bichinhos. Quem parece ganhar com isso é o mercado pet, que mesmo com a crise, tem se fortalecido.

    Com o passar dos anos o comportamento dos donos dos animais tem se modificado, cães e gatos que antes eram tidos apenas como animais de estimação, hoje, são membros da família. Cuidar dos animais de forma mais humanizada pode ser um dos fatores que influenciam no aumento do consumo de itens dos pet shops.

    “A maneira como os donos veem os bichos influencia nos gastos. Se um dono não liga muito para o animal, ele tende a gastar menos, leva ao veterinário só quando acontece alguma coisa grave. Mas tem os donos que parecem que gostam mais dos animais, eles tratam como filhos, gastam mais, cuidam com regularidade da saúde deles. Gastam além do básico”, contou, o vendedor da loja Pet Amado, Juliano Lopes de Oliveira.

    Juliano acompanha de perto a rotina de gastos dos donos de cães e gatos. A pet shop em que ele trabalha, atende por dia quase 10 animais, só para banho e tosa. Além dos clientes que compram ração, remédios, itens de higiene e mimos para os bichinhos. “Aqui temos vários tipos de clientes, temos alguns que chegam a gastar mil reais em um único mês com itens e serviços da loja”, contou.

    Criar animais domésticos requer cuidado e atenção. Algumas raças exigem que os banhos e tosas sejam feitos em intervalos menores de tempo. E como muitos donos não tem tempo e nem espaço adequado para dar banho nos cães e gatos em casa, o pet shop é uma boa alternativa. Leonete Gal, mora o esposo, dois filhos, quatro cachorros e três gatos, e contou que as idas ao pet shop tem que ser mensais. “Os gastos já estão na rotina: vacinas, alimentação, estas coisas. Mas essa parte financeira fica por conta do meu esposo”, brincou. 

    Na família da Leonete, os cães e gatos são considerados da família, e se não podem viajar, precisam  ficar com uma babá. “Até quando vou viajar não deixo eles sozinhos. Contrato uma pessoa para cuidar deles lá em casa. Não tiro eles de casa para não estranharem. Para ter animal tem que ser assim, ou trata direitinho, ou não tem”, disse Leonete. 

    Além dos cuidados básicos, muitos clientes saem da loja com verdadeiros mimos: camas acolchoadas, coleiras de grife, roupinhas coloridas, tudo para agradar o pet. “As coleiras vendem bastante. As que trabalhamos na loja são de grife. E muitos clientes gostam porque além do conforto, tem estilo”, explicou Juliano.

    Em estudos feitos pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), mostram que o gasto médio do brasileiro com cães chega a R$ 302 mensais, e com gatos de estimação R$ 121. O estudo também revela que metade dos donos de cães diz ter relação pai e filho com o animal, o que pode explicar o alto investimento em saúde animal. 



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