• Cirurgião plástico alerta para os riscos de procedimentos clandestinos

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  • 27/09/2020 12:26

    O Brasil é um dos países referência em cirurgia plástica no mundo. Segundo um levantamento divulgado em dezembro de 2019 pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), no ano de 2018, o Brasil registrou a realização de mais de 1 milhão de cirurgias plásticas, além de 969 mil procedimentos estéticos não cirúrgicos.  Estes números fazem com que o nosso país se torne o campeão entre os países que mais realizam procedimentos estéticos no mundo.

    Entretanto, a morte da jovem Sheiza Ayala, de 22 anos, vítima de um procedimento estético malsucedido em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, reacendeu o alerta para a procura por cirurgias em clínicas clandestinas.  A estudante teve hidrogel injetado no corpo e não resistiu, falecendo na última quinta-feira (17) em Ponta Porã, município do Estado de Mato Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste.

    O médico cirurgião plástico Marcelo Frazão conta que a busca por um corpo perfeito leva as pessoas a arriscarem a vida com profissionais não capacitados e com procedimentos com valores abaixo do mercado. “As tragédias em cirurgias plásticas acontecem, em sua maioria, por culpa de falsos profissionais que colocam em risco a vida de pacientes, realizando os procedimentos em locais inapropriados e sem qualquer infraestrutura, utilizando materiais e equipamentos não regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além de não ter formação, os mesmos usam de má fé, e praticando valores bem abaixo do mercado acabam ganhando o paciente”, destaca Frazão.

    O médico esclarece que as pessoas precisam se atentar e se conscientizar de que a cirurgia plástica é um tratamento médico e não pode ser realizado por influência da moda e a busca pela aparência perfeita.  “A cirurgia plástica não é como ir comprar roupa, é preciso ter a avaliação profissional, de um especialista. Um cirurgião plástico sério deve inibir exageros, orientar o paciente e respeitar os limites da medicina”, pontuou.

    O cirurgião plástico reforça, ainda, que o bom resultado já começa com a escolha da clínica e do cirurgião “O primeiro passo para obter um resultado satisfatório é saber escolher a clínica e o profissional que vai realizar o procedimento. Os pacientes devem sempre buscar referências e saber se a clínica e o médico possuem registros e autorização para atender”, finaliza.

    Formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Marcelo Frazão é médico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, cirurgião plástico do corpo clínico do Hospital Santa Teresa (HST) e médico cooperado da Unimed Petrópolis. O profissional participa ativamente de Congressos, Jornadas, Simpósios e cursos de atualização em Cirurgia Plástica a fim de oferecer aos seus pacientes um tratamento personalizado e de excelência com técnicas cirúrgicas consagradas mundialmente.

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