09/jul 08:24
**Material atualizado às 14h55, com o posicionamento da Cidade Real
Passageiros que foram da Bauernfest para a Rodoviária do Bingen, além de enfrentarem o trânsito congestionado e atrasos das linhas, também tiveram que pagar um valor a mais de passagem. A viação Cidade Real cobrou R$ 6,50 para passageiros utilizarem ônibus convencional na linha que ligou a festa do colono alemão à principal porta de entrada por transporte público de Petrópolis, no último sábado (06), sem avisos do preço alterado.
A situação foi constatada pela reportagem. O coletivo de prefixo 1711 trazia o letreiro como da linha 010 – Rodoviária Bingen (Executivo), mas os assentos não eram acolchoados, nem reclináveis.
O decreto que reajustou a passagem para R$ 5,15 no cartão Riocard e R$ 5,30 no dinheiro, no ano passado, prevê que apenas coletivos executivos podem ter diferenciação do valor. Pela lei municipal 6.090/2004, o serviço de executivos deve atender aos usuários com nível de conforto e preço diferenciais, com transporte exclusivo de passageiros sentados e utilização de ônibus com assentos acolchoados e reclináveis.
Atrasos
Passageiros das 26 linhas que passaram pela festa também enfrentaram constantes atrasos no período da festa, devido ao trânsito intenso no entorno. Mas não foi apenas o congestionamento que causou problemas aos usuários do transporte público.
No domingo (07), passageiros da linha 100 deveriam contar com a saída de um ônibus da Rodoviária do Bingen às 17h10, mas esta só aconteceu às 17h24. O coletivo que fez a viagem já estava parado na vaga de espera pelo menos desde às 17h05, mas mesmo assim, não cumpriu o horário.
Trânsito sem organização
Nas redes sociais, petropolitanos também relataram diversos problemas com a desorganização do trânsito. Segundo a coluna Les Partisans, a CPTrans contratou agentes via MEI (microempreendedor individual) para atuar na festa, mas, por vezes, houve questionamentos em relação ao preparo dos profissionais, uma vez que diversos problemas foram registrados.
Outro ponto levantado foi a falta de agentes em pontos cruciais das ruas Montecaseros e Roberto Silveira, por exemplo.
O que diz a Cidade Real
A empresa informou que, ao longo dos 12 anos de operação na cidade, nunca determinou a utilização de tarifa de linha executiva para ônibus urbano convencional.
A viação acrescentou que preza pela ética e pelo bom atendimento aos seus clientes, e que dobrou a operação, durante o período da Bauern, para atender aos turistas e petropolitanos que seguiam para festa.
“Como em qualquer grande evento é impossível escapar do intenso fluxo de veículos e movimentação de pessoas e, por esta razão, qualquer mal entendido que possa ter ocorrido já está sendo totalmente apurado pela empresa, que também destaca que, caso alguém tenha se sentido prejudicado, diante da verificação dos fatos, será devidamente ressarcido”, finalizou.
A CPTrans não retornou aos contatos da reportagem.